O projeto Clube do Autoral realiza neste domingo o primeiro de uma série de quatro eventos que ocorrerão no Bloco. Na estreia, o show em dose dupla será do rapper Mano Rick e do grupo Preto de Sapato. A proposta, com financiamento do Procultura municipal, nasceu com o objetivo de tornar-se um espaço para difusão da música produzida pelos artistas de Pelotas.

De acordo com os organizadores, Bruno Chaves, André Silva e Paulo Renato Vieira Júnior, conhecido por Júnior Vieira, foram disponibilizados um lote de 50 ingressos gratuitos para o público em geral e outro de 50 também gratuitos como uma ação afirmativa, reservando livre acesso para pessoas pretas, indígenas, trans e travestis. Ambas as modalidades devem ser adquiridas via site Sympla. Ainda há ingresso a R$15,00 que é para colaboração com o projeto, este pode ser comprado pelo Sympla ou na hora do evento.

O Clube do Autoral surgiu de eventos independentes organizados no Quarto Laranja - Produção Sonora, chamados de “laboratório de composição”. Júnior Vieira explica que os laboratórios ocorrem no formato palco aberto. Já os shows especiais ocorrerão no Bloco.

Além dos shows, o evento terá sempre lojinha de artesanato ou brechó local, além da lojinha do Clube do Autoral. “Nessa primeira edição, o convidado é a La Trampa, com peças de vestuário em geral, ecobags e outros acessórios”, explica Vieira.

Duas propostas
Feliz por ser um dos selecionados pelo projeto, o rapper Mano Rick explica que a sua apresentação é no formato Amplifica, com a participação do DJ Luan e o guitarrista Chris Lemos. “Amplifica começou como nome do show e agora é o nome do formato do show”, explica o artista.

Mano Rick começou sua imersão no movimento Hip Hop em meados dos anos 2000. Em 2013, o MC lançou seu primeiro EP, Fatos e fatos, e em 2017, o primeiro álbum Do Dunas pro mundo, financiado pelo Procultura do município.

Preto de Sapato é muito mais do que um simples espetáculo musical, é uma reverência às raízes e à rica cultura dos ancestrais negros de Pelotas. Desde sua estreia em 2021, na cidade de Pelotas, o espetáculo tem sido uma poderosa expressão do legado negro, preservando e revitalizando o patrimônio cultural da região.

No palco, o cantor e compositor Eduardo Freda apresenta canções do espetáculo, que mistura as origens e raízes africanas à música popular brasileira, world music, samba, jazz, música eletrônica, beats, sintetizadores e tambores, incluindo o icônico sopapo, patrimônio da cultura pelotense.

Com Freda estarão os músicos Fernando Silva (baixo), Davi Batuka (bateria) e Rogers Lemes (guitarra). Convidada especial, Marielda Barcellos recitará uma poesia durante o show.