Nada novo

Nos clubes anteriores, Alessandro Telles também não participou de toda a montagem do elenco

Treinador assumiu o Guarany em meio a uma competição e, no São Luiz, encontrou cenário parecido ao atual do Xavante, que tem 20 atletas com contrato

Foto: Sergio Galvani - Guarany - Técnico substituiu Hélio Vieira e liderou o time do estádio Estrela D’Alva ao acesso de volta à elite gaúcha

O cenário vivido agora por Alessandro Telles no Brasil já foi experimentado pelo treinador. Na curta carreira de técnico após longa jornada como auxiliar, ele soma três trabalhos. Em dois, encontrou elencos prontos – ou quase. Assumiu o Guarany durante a Série A-2 de 2023 e, quando chegou ao São Luiz, meses depois, recebeu um grupo quase completo para o Gauchão – um quadro semelhante ao atual do Xavante antes da Série D.

Quando eu assumi o São Luiz, não foi o time que eu montei. Um time que tinha sido montado pelo Cristian de Souza. Nós conseguimos mudar a forma de jogar. Ele tinha um entendimento, queria jogar de uma forma, e eu prefiro jogar de outra forma. Tudo é trabalho, tudo é aquilo que você vai determinar e aquilo que você vai ver do seu elenco. O dia a dia vai me dar uma referência maior”, disse Telles, nesta quarta-feira (27), na apresentação ao Rubro-Negro.

Segundo o repórter Alex Frantz, setorista do São Luiz na Rádio Progresso, de Ijuí, o treinador foi o responsável direto por poucos nomes do plantel que disputou o Estadual pelo clube do Noroeste do Estado. Ele estima quatro, citando exemplos do zagueiro João Félix e do atacante Gabriel Pereira. “Se adaptou com as peças que tinha, uma vez que ele participou muito pouco da montagem do elenco”, recorda Frantz ao DP.

Conforme o gerente de futebol do Brasil, Luis Fernando Hannecker, 20 atletas têm contrato. Ainda de acordo com o dirigente, porém, é possível que alguns deixem a Baixada antes da Série D. O novo treinador, portanto, precisará ajudar a vasculhar o mercado em busca de contratações – uma vez eliminado o transfer ban que segue em vigor após punição da Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) impedindo o clube de registrar atletas.

Aposta que se confirmou

A carreira do novo treinador xavante foi forjada como auxiliar técnico. Ex-jogador, Telles integrou comissões de clubes como Caxias, ABC (RN), São Luiz (em passagem anterior), Passo Fundo, Juventude, Vila Nova (GO) e Coritiba. Durante esse período, trabalhou duas vezes no Pelotas, inclusive ao lado do atual técnico do Lobo, Paulo Porto – a outra foi com Ricardo Colbachini.

Alessandro Telles iniciou “carreira solo” há quase dois anos. Assumiu o Inter-SM no segundo semestre de 2022, mas a campanha na Copa Tarciso Flecha Negra não foi positiva. O jornalista Gilson Alves, do Diário de Santa Maria, lembra ao DP que a equipe venceu apenas Elite, Santo Ângelo e Três Passos ao longo da primeira fase. Nas oitavas de final, caiu para o Garibaldi em casa, nos pênaltis.

Daí em diante, o treinador passou a ter resultados melhores. O repórter Yuri Cougo, do jornal Minuano, de Bagé, define como “excelente” o trabalho de Telles à frente do Guarany na Divisão de Acesso da última temporada. “Naquele momento foi uma aposta, que veio a se confirmar depois. Ele teve um ótimo relacionamento com a diretoria. Tinha o grupo na mão”, afirma o jornalista. Alessandro substituiu Hélio Vieira na sexta rodada e guiou o Índio de volta à elite gaúcha.

Como joga?

Alex Frantz avalia que o São Luiz de Telles teve boas performances em 2024 – ele cita como exemplos os empates contra Grêmio, na Arena, e Juventude, no estádio 19 de Outubro. “Sua metodologia é armar seus times com posse de bola. Arma seus times conforme o adversário, não é refém de esquema tático”, diz o repórter da Rádio Progresso.

Em Bagé, a principal impressão deixada foi de consistência defensiva. “Ele montou um time com um meio-campo sólido e uma defesa cascuda. Era um time com muita disciplina tática, muita força e muita sustentação. Sofria pouquíssimos gols, mas também fazia poucos”, comenta Yuri Cougo. Foram oito gols tomados e 14 marcados nos 15 jogos sob comando de Telles durante a Série A-2.

“Era até engraçado: ele conversava com os torcedores na tela e explicava por que tinha trocado o fulano e por que não tinha colocado o beltrano. No quesito de conduta do dia a dia, um cara muito acessível”, destaca Yuri Cougo.

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