Oportunidade
Evento deste final de semana tem foco na formação de professores
Coletivo de Danças Negras realiza a partir de quinta-feira (28) até sábado (30) a segunda fase da Semana de Dança Afro-brasileira
Foto: Marco Antonio Perna - João Carlos Ramos, além de ministrar oficina, traz espetáculo a Pelotas
Com foco na formação para professores da rede pública de ensino, ocorrerá nesta quinta (28) e sexta-feira (29), no Centro de Artes da UFPel, a segunda etapa da 2ª Semana de Dança Afro-brasileira de Pelotas. A atividade, realizada pelo Coletivo de Danças Negras de Pelotas, também levará ao público em geral a 2ª Mostra de Danças Negras, no sábado, a partir das 19h, no Clube Cultural Chove Não Molha, rua Benjamin Constant, 2.118. Ambas atividades têm entrada franca.
A primeira etapa do evento foi realizada em agosto do ano passado, seguindo a celebração do Dia Municipal da Dança Afro-Brasileira, de acordo com a Lei 7.059, instituída em 29 de março de 2022, por meio de proposição da vereadora Fernanda Miranda (PSOL). A formação é direcionada para os professores vinculados à rede municipal de Pelotas e estudantes do Curso Normal - Habilitação Anos Iniciais e Educação Infantil do Colégio Municipal Pelotense, Instituto Estadual de Educação Assis Brasil e graduandos/as do Curso de Dança Licenciatura.
As oficinas ocorrerão no Centro de Artes da UFPel, rua Álvaro Chaves 62, com credenciamento a partir das 8h. Às 8h40min se inicia a mesa de abertura, sob o tema Entrelaçando as Leis 10.639/2003 e Lei 7.059/2022, com as professoras Maritza Flores, especialista, Juliana Coelho e Manoel Timbaí, doutorando. Na sexta-feira a única oficina do dia, intitulada Samba-dança, ocorrerá no Clube Cultural Chove Não Molha, às 19h , sob o comando do professor João Carlos Ramos, da Cia Aérea de Dança, do Rio de Janeiro. Para esta atividade foram disponibilizadas 50 vagas.
Para o coreógrafo Daniel Amaro este evento é um marco para a dança afro em Pelotas. “Eu que trabalho há muito tempo com isso, vi muitas políticas públicas voltadas para as danças eruditas e a dança negra entrava sempre em terceiro plano, hoje nós temos uma lei (Dia Municipal da Dança Afro-brasileira) e uma emenda que sustenta a realização de eventos como este”, comenta.
Mostra de dança
No sábado, a 2ª Mostra de Danças Negras, começa às 19h, também o Chove Não Molha, com abertura da performance Nexo, da Cia Aérea de Dança. Nesta proposta a Companhia faz uma leitura de símbolos, gestos e sentidos presentes no universo íntimo das relações, cujas coreografias criadas por João Carlos Ramos refletem a pesquisa deste dançarino durante a sua trajetória artística.
Na sequência os grupos de Pelotas fazem apresentações de coreografias. Participam: Povo que Ginga; Cia Eclipse; Centro Odara; Tropa Da Dança; Abambaé; Trem do Sul; Cia. de Dança Afro Daniel Amaro; AfroPel; Olodumare; Coletivo de Dança de Pelotas e Kibandaço. O encerramento do evento será com música, primeiro sob o comando das Djs Vânia e Vanessa e depois com o Pagode na Calçada.
Serão distribuídos os ingressos na bilheteria do Chove Não Molha, na sexta-feira das 9h às 13h e no sábado, das 9h às 13h. Caso sobrem ingressos, os mesmos estarão à disposição do público na portaria do Clube uma hora antes do começo das apresentações e anunciados nas redes sociais pelo @coletivodedancasnegras.pel. Interessados podem pegar somente um ingresso por RG, mediante apresentação do documento.
Homenagem a Mercedes Baptista
O Coletivo de Danças Negras de Pelotas nasceu durante a pandemia, mas foi em 2021, acompanhando as celebrações de 18 de agosto, até então Dia Municipal da Dança Afro-brasileira em Porto Alegre, que o movimento levou para para a Câmara de Vereadores de Pelotas o desejo de obter o mesmo reconhecimento no município. Na época foi realizada uma audiência pública chamada pela Comissão Frente Parlamentar da Cultura Tradicional e Manifestações Populares, sob a presidência do vereador Paulo Coitinho (Cidadania), com a vereadora Fernanda Miranda (PSOL).
O dia 18 de agosto foi escolhido para homenagear a trajetória de vida da artista carioca Mercedes Baptista, importante dançarina negra brasileira. Ela é considerada a precursora na criação de uma metodologia de ensino e criação em Dança Afro-brasileira.
No ano passado, o Coletivo construiu a 1ª Semana da Dança Afro-Brasileira. Em 2023 o evento ganhou recursos, através de Emenda Impositiva Coletiva, por meio dos vereadores Paulo Coitinho, Fernanda Miranda Miriam Marroni (PT) e Carla Cassais (PT). O Coletivo de Danças Negras é composto pelos grupos e companhias: Povo que Ginga, Cia Eclipse, Odara, Cia de Dança Afro Daniel Amaro, AfroPel, Coletivo de Danças de Pelotas, Trem Do Sul , Studio de Dança Naiane Ribeiro e Grupo Renovação.
Programação
Formação Pedagógica
Quinta-feira (28)
Onde: Centro de Artes, rua Álvaro Chaves, 62
8h às 8h30min - Credenciamento
8h40min - Mesa de abertura - Entrelaçando as Leis 10.639/2003 e Lei 7.059/2022 - com os professores Maritza Flores, Juliana Coelho, Manoel Timbaí.
10h às 11h30min - Construção de projetos artísticos - Produtora Cultural Virginia Oliveira Borges
14h às 20h - Aulas-Vivências
Capoeira - Conhecendo a Capoeira Angola - professor Cristiano Mattos da Cunha - (Cabeleira)
Danças Urbanas- Oficina de Hip Hop Dance - professora Francine Lemos
15h às 15h30min - Intervalo
15h30min às 16h30min - Capoeira- Conhecendo a Capoeira Angola. - professor Cristiano Mattos da Cunha - (Cabeleira)
Danças Urbanas - Oficina de Hip Hop Dance - professoraFrancine Lemos
17h às 18h - Dança Afro- Pedagogia Odara: Produção de força vital na educação antirracista. Professor doutorando C.A/UFPel Manoel Timbaí
18h às 18h30min - Intervalo
18h30min às 20h - Construção de imagem, cultura e memória: possibilidades e figurinos em uma afroperspectiva - professora Ludmila Coutinho.
Sexta-feira (29)
Onde: Clube Cultural Chove Não Molha, rua Benjamin Constant, 2.118
19h - Oficina samba-dança - professor João Carlos Ramos - Rio de Janeiro
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