Por Heitor Araujo
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Uma semana após o temporal que deixou quase 1 milhão de residências sem luz elétrica no Rio Grande do Sul, moradores do Monte Bonito protestaram nesta quarta-feira (27) pela demora no restabelecimento da energia. A localidade da zona rural de Pelotas é uma das áreas do Município que permanecem sem abastecimento.

Os manifestantes ocuparam uma via da localidade e queimaram pneus. Segundo a moradora Marialda Ramos, o ato deve-se ao fato de que "ninguém aguenta mais passar sete dias sem luz". "A Equatorial não tem o direito de entrar nos nossos lares e pequenos negócios e nos quebrar da forma como estão fazendo. Não pode ficar impune, pelo menos eles têm que ligar a nossa luz imediatamente. Não podemos mais arcar com estes prejuízos", reclama.

Este protesto no Monte Bonito acontece em uma sequência de manifestações de moradores da zona rural de Pelotas, que têm sofrido mais com a falta prolongada de abastecimento de energia. Na terça-feira, as BR 116 e 392 foram palcos para a indignação da população. Na ocasião, localidades como Colônia Osório, Capão do Almoço, Py Crespo, Cascata, Cascatinha, Três Figueiras e Santa Rita estavam sem energia, muitas das quais o abastecimento foi restabelecido na quarta, assim como alguns pontos específicos do perímetro urbano de Pelotas.

Desde segunda-feira, a Equatorial não atualiza o número de unidades consumidoras sem energia elétrica. A empresa limitou-se a dizer que 99% dos clientes já estavam com abastecimento. À reportagem, quando questionada sobre a falta de luz em pontos do perímetro urbano, a empresa afirmou que a falta de luz se reduzia a áreas da zona rural de difícil acesso.

Novamente questionada, na quarta, sobre a quantidade de consumidores sem luz, a Equatorial não informou números. Por meio da assessoria de imprensa, afirmou que estão trabalhando para restabelecer o abastecimento a todos clientes que ainda estão sem.

Em Pelotas, estabelecimentos comerciais passaram dias sem funcionar devido à falta de energia em regiões centrais do Município, e moradores dos bairros tiveram que conviver com fios elétricos caídos rente aos portões das casas, muitas delas com crianças pequenas morando. Além da queixa pela falta de luz, é recorrente a reclamação da falta de informações passadas pela companhia.

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