Mobilização

Docentes da UFPel deflagram greve por tempo indeterminado

A paralisação coletiva da categoria entra em vigor no dia 15 de abril após deliberação também a nível nacional; na Universidade são 1,5 mil professores

Foto: Carlos Queiroz - Especial - DP - Deflagração de greve dos professores foi aprovada em assembleia realizada pela Adufpel

A volta às aulas para o início do primeiro semestre de 2024 na Universidade Federal de Pelotas (UFPel) não acontecerá como o planejado no calendário acadêmico. Em assembleia geral realizada pela Associação dos Docentes da UFPel (Adufpel) no início da noite desta quarta-feira, os professores da universidade deflagraram greve a partir de 15 de abril, dia marcado para o retorno às salas de aula após recesso. Dentre as reivindicações centrais dos servidores estão recomposição salarial, reestruturação da carreira e maior valorização da educação. A decisão pelo movimento paredista se deu após entrave em negociações com o governo federal e deliberação do sindicato nacional.

Após a assembleia do dia 13 de março em que a Adufpel aprovou o indicativo de greve, era aguardada a reunião do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN). Realizada na segunda-feira (25), a plenária aprovou a deliberação por greve dos docentes das universidades federais e institutos federais com base nos resultados das assembleias realizadas nas seções locais dos sindicatos.

O movimento de construção de greve já vinha sendo debatido desde fevereiro, período em que as entidades e o governo federal não chegaram a nenhum acordo. Na pauta de demandas apresentadas pelos servidores federais está a reposição salarial com um índice de 7,06% iniciando neste ano e o mesmo percentual adicionado aos salários dos próximos dois anos, totalizando 21,18%. Já a proposta apresentada aos servidores pela União foi um reajuste de 4,5% iniciando somente em 2025.

Os docentes também reivindicam reestruturação da carreira, além de outras questões comuns aos três sindicatos de servidores federais: Adufpel, Asufpel e Sinasefe, como a valorização do ensino frente aos cortes orçamentários, o “revogaço” de medidas como o Novo Ensino Médio e melhores condições de trabalho.

"Foi um debate bastante rico com mais de duas horas e por ampla maioria aprovamos a deflagração de greve", declarou o presidente da Adufpel, Carlos Rogério Mauch, sobre o resultado da assembleia. Após a decisão, os próximos passos envolvem a criação de uma comissão de mobilização, a montagem de um comando local de greve e a comunicação da paralisação a gestão da Universidade. "Vamos contatar a reitora Isabela [Andrade] para marcar uma audiência para fazer a comunicação legal, já que é um quesito legal", explicou o representante. No dia 10 de abril também haverá uma nova reunião em Brasília com todos os sindicatos locais, em que Mauch destaca a perspectiva de "um número muito significativo de universidades entrem em greve". 

Greves
Além dos professores da UFPel, os servidores técnico-administrativos da Universidade entraram em greve no último dia 18. Já o Sinasefe-IFSul, que representa os servidores do instituto federal, realizará assembleia geral às 17h de quinta-feira (28) para debater a possibilidade de paralisação iniciando no dia 3 de abril. “Existe a possibilidade da categoria aprovar a deflagração ou não, mas a votação pelo indicativo de greve da semana passada foi de 90% pela aprovação”, diz o servidor do IFSul, Francilon Simões.

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Falta de luz chega a uma semana Anterior

Falta de luz chega a uma semana

Aproveitando a Páscoa e o consumo de chocolates de forma equilibrada Próximo

Aproveitando a Páscoa e o consumo de chocolates de forma equilibrada

Deixe seu comentário