Os ovos de Páscoa e as barras de chocolate estão encolhendo de tamanho, mas os seus preços não. Para muitos consumidores, a chamada reduflação não é mais novidade. Talvez poucos tenham visto esta estratégia de vendas para esta data comemorativa, mas ela é sentida em outros produtos nos supermercados, como nas massas alimentícias, nos biscoitos salgados e doces e nas maioneses.

Mas, afinal, o que reduflação? É uma estratégia usada pelos fabricantes para enfrentar o aumento dos custos da matéria-prima e da produção, mantendo a rentabilidade. “Em vez de aumentar os preços, as empresas reduzem a quantidade ou o tamanho do produto”, diz o contador e professor universitário André Charone, mestre em Negócios Internacionais.

Para os consumidores, a dica de Charone é ficar de olhos abertos. Comparar cuidadosamente os preços, tamanhos e quantidade dos produtos antes de efetuar a compra é fundamental. “A informação é a melhor ferramenta que os consumidores têm para se protegerem da reduflação”, alerta o especialista em empreendedorismo.

Dentro do supermercado, o municipário aposentado João Luiz Afonso, morador do bairro São Gonçalo, diz que não bota atenção sobre isso. Confessa que não tinha percebido essa diminuição nas embalagens de produtos que são costumeiramente consumidos. “Alguns clientes reclmam”, conta o gerente Osvaldo Medeiros. “Mas ninguém deixa de levar”, completa.

A farmacêutica Camila Knorr, moradora no Centro, viu mesmo a reduflação na prática. No kit de xampu e condicionador, as quantidades são menores. “Mas o preço é o mesmo”, alerta Camila, que cita também o molho de tomate e a maionese na mesma situação.

A inflação é o aumento generalizado dos preços. afetando amplo espectro de bens e serviços dentro de uma economia, enquanto a reduflação é “sorrateira”como estratégia para as empresas lidarem com custos crescentes. Embora a reduflação seja menos perceptível que a inflção, tem impacto direto e significativo no custo de vida dos consumidores, explica Charone. ​