Entrevista

Eduardo Leite fala em “guerra” e comenta busca de recursos junto ao governo federal

Governador reforça pedido para população das áreas de risco seguir orientações e discorre sobre futuras medidas preventivas a respeito das mudanças climáticas

Foto: Mauricio Tonetto - Secom - Eduardo Leite permanecerá na capital para coordenar as ações no Estado

Por Douglas Dutra e Gustavo Pereira

Agora, se trata de guerra”, resumiu o governador Eduardo Leite (PSDB) em entrevista concedida neste domingo (12) ao Diário Popular sobre a situação do RS. O gestor reforçou o pedido de respeito da população às orientações das autoridades. Além disso, comentou a busca por recursos financeiros junto ao governo federal e discorreu a respeito das ações a tomar como resposta ao cenário das mudanças climáticas no planeta.

“Estamos lutando todo mundo numa peleia por sobrevivência, resgates, e depois vamos para o pós-guerra, para o restabelecimento de serviços públicos o mais rápido possível. Recuperar o nosso Rio Grande, a vida das pessoas, os lugares e o futuro do Estado”, disse o governador em transmissão ao vivo publicada nas plataformas digitais do DP.

Veja outros dos principais trechos da entrevista concedida por Leite.

Contatos em nível federal

"A minha luta é conseguir viabilizar condições financeiras do Estado. Quando a gente assumiu o governo, se atrasava salários, não se conseguia fazer repasses aos hospitais".

"Estou lutando em relação a esse fôlego financeiro junto ao Congresso Nacional, com o presidente da República, para entrar em campo com força em diversas áreas. Isso é crítico. Vamos ter que viabilizar alterações de legislações via fiscal".

Permanecerá na capital

"Neste momento, estou precisando coordenar as ações desde a capital. Estamos com recursos limitados. Não vou parar uma aeronave que tem que transportar pacientes, ou resgatar alguém, para fazer meus deslocamentos. Assim que possível, vou fazer um itinerário em cada uma das regiões que foram atingidas, o que inclui a região sul também".

Moradia como foco

"Claro que não é apertar um botão e no dia seguinte toda a estrutura vai estar lá. [...] Minha grande preocupação é a moradia das pessoas, como a gente viabiliza a moradia das pessoas afetadas. E aí é complexo, porque são dezenas de milhares de pessoas, de famílias, que vão precisar ser atendidas, cada uma dentro de uma determinada complexidade e segmentos. Tem extremamente pobres; pobres; baixa renda; média renda…".

Resposta ao clima para o futuro

"As mudanças estão aí. Essas condições climáticas podem se repetir, então temos que trabalhar na resiliência. Cidades com sistema de defesa, proteção, condições melhores de lidar com essas mudanças climáticas. Isso vai significar um plano amplo, abrangente. Retirar população de áreas de risco, sistema de diques, proteção. Mas também sistemas de acolhimento, abrigos, planos de alerta, sistemas que acionem de forma mais crítica esses alertas, educação para conscientizar as pessoas sobre esses alertas para que tomem as providências certas. Tudo isso vai ter que entrar na nossa cultura, na nossa rotina".

Prioridades

"Não é hora de voltar para casa. As pessoas precisam ficar em segurança. [...] Nesse momento crítico, é importante a informação e o atendimento aos alertas. A vida é o que não se recupera. Do restante a gente corre atrás. É proteger a vida das pessoas e dos animais também, importante dizer".

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