Comemoração

O abraço da conquista no Dia Mundial da Síndrome de Down

Integrantes da Apadpel celebram a nova sede que poderá se tornar Centro de Referência

Foto: Italo Santos - DP - Apadpel conta com 150 associados

Um abraço apertado, forte e carregado de significados. Assim ficou marcada a manhã deste 21 de março, Dia Mundial da Síndrome de Down, em Pelotas. Isso porque quem ganhou o carinho dos integrantes da Associação dos Pais de Down em Pelotas (Apadpel) foi a nova sede, que fica na avenida Dom Pedro I, e ainda está em construção, mas já carrega a energia de quem tentará fazer dela um Centro de Referência no atendimento às pessoas com Down. Depois do abraço, a foto foi em frente ao prédio, com as paredes edificadas e a placa com o projeto arquitetônico para mostrar o quanto a casa vai ficar bonita e equipada, segundo a turma.

Quem comemora a obra da Apadpel é o casal de namorados Vinícius Centeno, 30, e Luiza Moresco, 26. Ele estuda no Bibiano de Almeida, fazendo o EJA avançado e trabalha no Recanto Infantil e Menino Maluquinho. Ela é secretária e cursa dança na Universidade Federal de Pelotas. Ambos não escondem a alegria de ganhar um espaço maior para desenvolver suas habilidades, como oferecer aulas para colegas, e lembram ainda da ajuda internacional para a edificação do lar. "Comemorar o nosso dia é vida! É ser feliz, sem preconceito. Com respeito e inclusão na escola e na sociedade", disse o casal que está juntando dinheiro para realizar o sonho do matrimônio. O jornalista Gustavo Bicca, mais conhecido como Guga, estava bem atento aos acontecimentos durante o breakfast e contou à reportagem que está fazendo podcast sobre o tema.

O sonho do Centro

Para a presidente da Apadpel, Luana Xavier Braga, o abraço, além de celebrar a semana de conscientização sobre a síndrome de Down, carrega o significado de todas as conquistas e lutas da Associação criada em 2017. "Como o apoio do Rotary Club Pelotas, da Prefeitura, que doou o terreno, e da Câmara de Vereadores, para a construção da casa, queremos ser um grande Centro, sendo referência e modelo para outros lugares, pois teremos aqui seis quitinetes que representarão condomínio de moradia assistida, onde será trabalhado a autonomia do Down", explicou. Com mais capacidade do novo prédio, o Projeto de Acolhimento poderá ser ampliado. O programa recebe mães de recém nascidos e as que descobrem na gestação para dar início com informações. "Já com 15 dias é possível iniciar a fisioterapia. Depois segue com fonoaudióloga e outras atividades para estimular a pessoa para que ela se torne uma criança que vá para escola, se tornar um adulto independente, com sonhos como todos nós temos, de estudar, trabalhar, constituir família", esclareceu Luana.

Para a presidente, o Down ganhou visibilidade, inclusão e respeito. No entanto, a sociedade ainda precisa ter mais habilidade na comunicação e interação. "Ainda se trata uma pessoa com Down como se fosse criança. Depois que passa essa fase, é preciso tratar como adolescente e como adulto, dando responsabilidade, limites e tarefas de uma vida normal, pois se travar isso, ele mesmo vai se sentir incapaz. Acreditem neles. Deem uma oportunidade que eles vão longe".


Um trabalho compartilhado

Atualmente, a Apadpel conta com 150 associados, além de receber todas as mães com filhos Down. Não tem contrato com a Prefeitura, com governo estadual e federal, por isso, depende única e exclusivamente das mensalidades, das contribuições da sociedade e dos eventos para se manter. O carro-chefe é o brechó, mas a população tem várias formas de ajudar. Confira:

Qualquer doação em dinheiro pelo PIX: (CNPJ) 28.915.350/0001-05
Doação de cimento para nova sede: bit.ly/cimento-apadpel
Vakinha online: www.vakinha.com.br/2798535
Quem tiver interesse em doar roupas para o brechó e as tampinhas de plástico para reciclagem podem entrar em contato pelo telefone (53) 9993-6977.

Saiba mais sobre a síndrome de Down
Criada pela Down Syndrome International e comemorada desde 2006, a data escolhida, 21 de março, representa a singularidade da triplicação (trissomia) do cromossomo 21 que causa esta ocorrência genética. Crianças e bebês com síndrome de Down nascem com problemas de desequilíbrio em seus genes para regular o desenvolvimento e as funções de vários órgãos e sistemas do corpo, o que os torna mais propensos a certos distúrbios ou doenças. Mas nem sempre será assim, pois ao identificar os problemas de saúde mais frequentes nas crianças é possível prevenir, tratar ou amenizar. É preciso prestar atenção em problemas cardíacos, dentários, de crescimento, de ouvido e nariz, respiratórios e visuais. Essas e mais dicas estão no Instagram @apadpel.

Programação
As atividades da Semana Municipal de Conscientização sobre a Síndrome de Down teve início no sábado e vai até o dia 28. A Semana é celebrada em Pelotas desde 2019, instituída pela Lei Municipal 6.658/2018.

- Quarta-feira (22)
Às 19h - Palestra - Cromossomo 21, o desafio da vida adulta, com Débora Jacks - no auditório Enilda Feistauer, IFSul Campus Pelotas, na praça 20 de Setembro, 455.
Às 20h: palestra - Desenvolvimento cognitivo ao longo da vida, com Gilsenira Rangel - no auditório Enilda Feistauer, IFSul Campus Pelotas, na praça 20 de Setembro, 455

- Quinta-feira (23)
Às 19h30min - Palestra - Síndrome de Down, novos ensejos e perceptivos, com Alex Duarte - no auditório Enilda Feistauer, IFSul Campus Pelotas, na praça 20 de Setembro, 455

- Sexta-feira (24)
Das 7h30min às 13h - Ação em conjunto com a Secretaria de Assistência Social para atualização do Cadastro Único e confecção de carteirinhas de prioridade (conforme Lei 6.837/2020) para as famílias das pessoas com Síndrome de Down - na rua Dom Pedro II, 959.
Das 8h às 9h30min: oficina esportiva com o professor Rafael Mello - no Cerenepe, à rua Zola Amaro, 318
Das 13h30min às 15h: oficina esportiva com o professor Rafael Mello - no Cerenepe, na rua Zola Amaro, 318
Das 15h30min às 16h30min: oficina musical com a professora Lauren Tavares - no Cerenepe, na rua Zola Amaro, 318
Às 19h: palestra - O efeito dominó da respiração bucal, com Luise Marques da Rosa - no IFSul Campus Pelotas, na praça 20 de Setembro, 455

- Sábado (25)
Às 9h -Caminhada Down - com concentração às 8h30min no Mercado Central, sequência pela rua Andrade Neves, Sete de Setembro, 15 de Novembro e retorno ao Mercado. Finalização com aulão de zumba, com o professor Tiago Prestes e presença da banda Máfia Xavante
Às 14h: amistoso entre Apadpel Futsal Down e Escolinha Chupeta Futsal - na avenida Fernando Osório, 4.510

Segunda-feira (27)
Às 10h - Audiência pública alusiva à Semana Municipal de Conscientização e Orientação sobre a Síndrome de Down de Pelotas 2023, na Câmara de Vereadores, na rua 15 de Novembro, 207
Às 19h: palestra - Medicação, o que pode e o que não pode na T21, com Gilberto Garcia - no auditório Enilda Feistauer, IFSul Campus Pelotas, na praça 20 de Setembro, 455

Terça-feira (28)
Às 19h - Bate-papo Conversando com a Otorrino, com Laura Proto Siqueira - no auditório Enilda Feistauer, IFSul Campus Pelotas, na praça 20 de Setembro, 455


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