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Sedimentos vindos pelo Guaíba chegam a São José do Norte

Resíduos provenientes das enchentes da região central do Estado se movem lentamente na Lagoa dos Patos e podem causar impactos negativos no ecossistema local

Foto: Laboratório de Oceanografia Dinâmica e por Satélites da Furg - Estacionamento dos materiais provenientes das enchentes no Centro do Estado causa turbidez na água, diminuindo a penetração da luz e a quantidade de oxigênio na Lagoa dos Patos

Imagens de satélite nos últimos dias têm revelado uma mancha marrom avançando pela Lagoa dos Patos: são os sedimentos em suspensão (pluma) que vêm junto às águas do Guaíba. Conforme o Laboratório de Oceanografia Dinâmica e por Satélites da Universidade Federal do Rio Grande (Lods-Furg), os resíduos estão se movimentando lentamente e, nesta sexta-feira (17), estavam passando pela Vila do Bojuru, em São José do Norte. Quanto maior for a demora para o escoamento dos sedimentos ao oceano, maiores podem ser os impactos ao ecossistema da laguna.

O estacionamento dos materiais provenientes das enchentes na região central do Estado causa turbidez na água, diminuindo a penetração da luz e a quantidade de oxigênio na laguna. Com isso, pode ocorrer a mortalidade de organismos e peixes, além da possível contaminação da fauna e da flora por resíduos de agrotóxicos trazidos de áreas de plantações atingidas pelas inundações. Esses impactos são os mais agravantes que podem ocorrer, mas segundo o professor e coordenador do Lods-Furg, Fabrício Sanguinetti, “ainda é difícil codificar isso, vai ser necessário um estudo mais detalhado em uma infinidade de áreas”.

Segundo o especialista, atualmente, a descida em direção ao Sul e ao canal de Rio Grande tem sido lenta devido ao regime de ventos. Diante do cenário, que depende de condições meteorológicas e hidrológicas, não é possível mensurar por quanto tempo os sentimentos ficaram sobre as águas da Lagoa dos Patos. “Se a gente tem o vento favorável que impulsiona a água com muitos sedimentos para ser liberado pelo Oceano Atlântico, é ótimo porque menos tempo essa água vai ficar no estuário da lagoa, então menos agravantes ela vai causar. O ideal é que a gente tenha essa condição vazante para que essa concentração de sedimentos saia o mais rápido possível, voltando a condição natural da lagoa”, explica.

O Laboratório de Oceanografia Dinâmica e por Satélites da Furg monitora diariamente a movimentação da mancha marrom na Lagoa dos Patos que indica a movimentação dos sedimentos e também do deságue do Guaíba.

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