Nesta sexta-feira (16) foi inaugurado, oficialmente, o Hospital Monporto, novo estabelecimento de saúde em Rio Grande. Com investimento de R$150 milhões da Rede de Saúde Açores, formada por empresários da região, o empreendimento privado terá cem leitos, cinco salas de cirurgia e 228 médicos de 31 especialidades à disposição.

Para além da entrega de mais uma opção de atendimento em saúde para a comunidade da Zona Sul, a inauguração é a realização de um sonho dos médicos Rafael Avancini, presidente do hospital, e Marcelo Molinari, diretor financeiro. "Estamos vivendo um turbilhão de emoções, porque era uma necessidade de muito tempo ter um hospital desse porte aqui. Cada tijolo tem um pouquinho do nosso DNA, coração e alma", diz Molinari. "Para a saúde do Rio Grande é um marco histórico. A saúde daqui vinha muito aquém daquilo que a cidade representa para a Zona Sul. A gente traz aqui um novo modelo de assistência, desafoga o Sistema Único de Saúde (SUS), trabalha em parceria com o SUS e com os hospitais da cidade", complementa Avancini.

A realização do projeto durou cerca de cinco anos. "É um momento ímpar para a cidade. O hospital não é da gente, ele será entregue para as pessoas. Estamos preparados e com muita vontade de fazer a diferença", resume Molinari. Os atendimentos no hospital começam no dia 1º de março. Até lá, as equipes já estarão em treinamento. A inauguração oficial contou com a presença de diversas autoridades médicas e públicas, como o vice-governador do Estado, Gabriel Souza (MDB).

Valorização local

Formados na Universidade Federal do Rio Grande (Furg), os médicos também destacam a geração de empregos e oportunidades para a comunidade local. "Via meus melhores alunos indo embora, não porque não gostavam da cidade, mas porque não tinham onde trabalhar", diz Avancini, que também é professor da instituição. Além dos 228 médicos que atenderão no hospital, serão gerados mais 450 empregos diretos e 400 indiretos. "A gente qualifica profissionais, repatria médicos, retém talentos. Isso qualifica a cidade e toda a região. É um investimento feito de riograndinos para riograndinos. Não temos uma grande empresa por trás de nós. Nós criamos nossa marca, nosso hospital e nossos médicos", complementa.

Estrutura

Centro de Diagnóstico por Imagem (CDI), dez quartos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), cinco salas de cirurgia, sendo uma delas equipada para cirurgias robóticas. Essas são algumas das estruturas que compõem o hospital, que aposta em tecnologia e humanização. "Ela é humanizada no sentido de acomodação, cuidado e tecnologia", exemplifica Avancini sobre os quartos de UTI. "Foi um grande aporte de investimentos, buscando sempre as melhores tecnologias e procedimentos para dar segurança à população", garante Molinari.