Educação

Reitores da região se reúnem com presidente Lula

Investimentos e autonomia universitária foram pauta do encontro

Foto: divulgação - DP - Gestores viram encontro como "momento de valorização da educação pública"

Por Rafaela Rosa
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Foi com expectativa de esperança e otimismo que os reitores das universidades e institutos federais da Zona Sul saíram da reunião com o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os ministros da Educação, Camilo Santana, e Ciência e Tecnologia, Luciana Santos. O momento ocorreu nesta quinta (19), em Brasília e contou com a presença dos representantes da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Universidade Federal do Rio Grande (Furg), Universidade Federal do Pampa (Unipampa) e Instituto Federal Sul-rio-grandense (IFSul).

A intenção do encontro foi discutir os planos para a educação superior no Brasil no novo governo federal e, também, retornar com os retornos regulares entre o presidente e os reitores. Com cerca de cem gestores reunidos, o presidente fez questão de frisar que as Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) serão prioridade no mandato. "Não existe na história da humanidade nenhum país que conseguiu se desenvolver sem que antes tivesse resolvido o problema da formação do seu povo. Nós estamos começando um novo momento", disse o petista. Retomada de obras paradas, orçamento da educação superior e o reajuste das bolsas para pesquisa científicas e a educação profissional no Brasil foram alguns dos pontos debatidos.

A reitora da UFPel, Isabela Andrade, classifica a oportunidade como um "momento de valorização da educação pública". Para ela, o comprometimento que o presidente demonstrou com o retorno da ampliação de vagas e com a garantia da autonomia universitária são essenciais para o futuro das instituições. "Foi uma grande abertura de diálogo e de escuta aos gestores das universidades. Tempos de esperança para todas as pessoas que acreditam na formação para a construção do futuro da nação".

De acordo com o reitor da Furg, Danilo Giroldo, o espaço proposto serviu para que o presidente e os seus ministros reafirmassem os compromissos firmados com a educação. "Durante o encontro pudemos ouvir do presidente a priorização de temas importantes para o desenvolvimento da educação no Brasil como o respeito à autonomia universitária, com a garantia da escolha das comunidades para suas reitorias, e o financiamento adequado das atividades de ensino, pesquisa e extensão", falou o gestor. Questões como o enfrentamento à evasão e a garantia do acesso e permanência dos estudantes também foram destacadas por Giroldo. "A ação foi muito simbólica, transmitindo a mensagem de que as Ifes e o governo federal trabalharão em conjunto pelos próximos quatro anos", pontuou.

No encontro do pensamento dos outros gestores, Flávio Nunes, reitor do IFSul, também destaca a abertura do diálogo. "Foi um espaço de diálogo muito interessante, já sinalizando outra forma de se relacionar com as instituições", disse, referindo-se ao governo anterior. Nunes, que também salientou os pontos já citados, fala do comprometimento que Lula demonstrou com os investimentos em todos os níveis de ensino. "O presidente quer não só incentivar a educação superior, mas a profissional e também a básica. Esses três itens foram bem destacados, além da ciência e tecnologia", resumiu. Outro tópico apontado pelo reitor foi o convite feito pelo petista. "Nos convidou para reuniões anuais, para poder manter o espaço e saber os problemas para resolver".

A Unipampa foi representada pelo vice-reitor, Marcus Querol. "O presidente e os ministros disseram que é um governo que a prioridade é a educação", resumiu. Querol salienta a importância de temas como desigualdade social e formação humana terem sido tratadas. "A universidade, além de formar as pessoas, tem que ajudar na formação do ser humano, para combater a desigualdade, para a construção nacional, para a construção do País. Outra coisa que marcou foi que as universidades vão voltar a gozar de autonomia universitária", destacou, referindo-se, principalmente, ao compromisso de Lula de nomear o reitor mais votado e não utilizar a lista tríplice, como vinha sendo feito. ​

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