Continuação

"São pelo menos mais uns 15 dias nessa situação de incerteza", diz Paula

Com cenário de estabilidade, na terça-feira, áreas de alto risco chegaram a ser alteradas para médio impacto; na noite de quarta, nível do São Gonçalo superou média histórica

Foto: Gustavo Vara - Ascom - Paula ressaltou que não há como ter previsões exatas sobre a dinâmica dos níveis da Lagoa e do canal São Gonçalo em razão dos diversos fatores que influenciam as águas

Em entrevista ao vivo pelas redes sociais do Diário Popular, a prefeita Paula Mascarenhas (PSDB) informou que, conforme cálculos técnicos sobre a velocidade de deságue do Guaiba na Lagoa dos Patos, o estado de alerta do Município para inundações deverá se estender por no mínimo mais 15 dias. A gestora municipal ressaltou também que não há como ter previsões exatas sobre a dinâmica dos níveis da Lagoa e do canal São Gonçalo em razão dos diversos fatores que influenciam as águas. Diante disso, todas as pessoas têm que evacuar as áreas de risco e se manterem em locais seguros.

> Atualização dos mapas de risco.

"Hoje [quinta-feira] o Guaiba começou a baixar lentamente. Essa água vem para cá. A velocidade com que ela vai chegar, os técnicos vão calcular de novo. Mas essa água é sujeita aos ventos, à maré. A gente não sabe quando vai ser nosso pico, então vamos seguir atentos, em alerta pelos próximos dias, até a gente ter certeza de que passamos pelo pior", explica.

O Município continua em alerta máximo para cheias em razão do aumento significativo dos níveis do São Gonçalo e a Lagoa dos Patos, assim como de condições como o encharcamento de solos, o que seria o motivo da água ter invadido ruas que estavam foram do mapa de áreas de risco, como a rua Vacaria no Laranjal. "São muitas variáveis, e uma variável alterada pode mexer em todas as outras. Como a gente combate a imprevisibilidade? Com mais cautela. Retomamos o mapa vermelho, reconsideramos algumas áreas, e pedimos para as pessoas tomarem esta precaução de sair desses locais de risco. Efetivamente, a gente não sabe até onde vai esse nível do São Gonçalo. O dique do São Gonçalo está se comportando muito bem, mas ele segue sendo testado".

Com a diminuição nos níveis das água, ventos favoráveis ao escoamento e um cenário de estabilidade, na terça-feira, em live, a prefeita chegou a comunicar que aqueles que estavam em áreas de risco e gostariam de passar um tempo em suas casas poderiam fazer isso com cautela. Já na noite de quarta-feira, o São Gonçalo aumentou 18 centímetros, alcançando 3 metros à meia noite e superando o recorde de 2,89 registrado na enchente de 1941. "A gente entendeu, ontem, que tem um risco nisso. Uma mudança repentina. Espero que outras pessoas também compreendam a necessidade de se proteger. Pelo menos ninguém vai poder dizer que não foi avisado", diz sobre a alteração de cenário.

Alterações de mapas
Na mesma terça-feira, áreas como Vila Farroupilha, Simões Lopes e São Gonçalo, foram alteradas no mapa, deixando de serem classificadas como alto risco (vermelho) para risco médio (laranja). "Aquela conta de que as águas do Guaíba iriam chegar em maior volume aconteceu na quarta-feira. Os ventos pararam de empurrar [a água para a outra margem da Lagoa dos Patos] e ao mesmo tempo chegou mais água. E para coroar, digamos, o problema, a maré, que costumava baixar durante o dia em Rio Grande, ficou alta durante todo o dia", aponta sobre o aumento inesperado do São Gonçalo.

Nesta quinta-feira, o mapa voltou a ser atualizado e diversas áreas passaram a figurar novamente na cor vermelha. "Porque eu mudei o mapa na terça: para manter credibilidade, a transparências com as pessoas, porque se estendesse o período das águas baixando e as pessoas fora de casa a gente poderia perder a credibilidade. Entendemos que o risco é uma mudança repentina e estamos mais cautelosos".

Sobre a construção do mapa, a prefeita ressalta que ele foi elaborado considerando a topografia com a elevação do São Gonçalo a 3,30 metros, mas sem a contenção dos diques. "Então ele é bem realista e conservador no sentido de que temos o dique, é um mapa que corre pouco risco. Ali na Vacaria, normalmente não teria água pela questão topográfica, mas tem que considerar o sistema de drenagem que levou água para lá, por isso ampliamos o mapa e colocamos esse ponto".

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