Saúde em pauta

Representantes da comunidade médica se reúnem em Chuí para discutir saúde da região sul

Estado é o que mais possui hospitais filantrópicos no Brasil e deficiência nessas instituições tem preocupado entidades ligadas aos profissionais

Foto: Carlos Queiroz - DP - Presidente do Cremer, Carlos Sparta, e vereador Rafael Amaral (PP), falam sobre a situação da saúde pelotense

Por Vitória de Góes
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Debater políticas públicas de saúde e melhorias na assistência à população da Zona Sul são alguns dos objetivos do fórum que ocorre neste sábado (3), a partir das 13h30min, em Chuí, com participação de entidades, médicos e autoridades dos 21 municípios da região. A promoção é da Frente Pró-Saúde RS, com o apoio do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Rio Grande do Sul (Cosems-RS).

O encontro será dividido em dois painéis: saúde pública e suplementar. O primeiro pretende discutir a situação dos hospitais filantrópicos em um cenário pós-pandêmico, superlotação, gestão do SUS e capacitação dos profissionais da área. Já em um segundo momento, questões que envolvem saúde suplementar entram em pauta, como a migração dos usuários de planos de saúde para o SUS e a crise no IPE-Saúde.

O Fórum pretende ressaltar a importância de um trabalho em conjunto para a melhoria dos serviços oferecidos dentro das instituições de saúde pública. "Hoje vemos uma grande dificuldade nas Santas Casas e nos hospitais filantrópicos, então estamos tentando auxiliar. O nosso trabalho de criar um diálogo com os hospitais é de melhorar o atendimento", diz o presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers), Carlos Sparta.

As entidades pretendem discutir a crise em torno do IPE-Saúde quanto aos honorários médicos e as tabelas de valores destinadas aos hospitais. Segundo o presidente, um dos maiores problemas é o serviço pagar às instituições um valor muito abaixo do que é gasto com os atendimentos. "Apenas 4,8% do orçamento do IPE vai para os honorários médicos, o restante é para os hospitais e oncologia, então essa conta não está fechando", argumenta.

Ao fim do evento, será feita uma carta de intenções, com as principais discussões e reivindicações do setor, para ser entregue à secretária da Saúde do Estado, Arita Bergmann, e ao governador Eduardo Leite (PSDB).


Visita à Pelotas

O presidente do Cremers, Carlos Sparta, tem visitado municípios considerados chave no Estado para conferir a situação atual e as principais necessidades dos hospitais. Durante esta sexta-feira (2), em Pelotas, visitou as entidades filantrópicas.

Embora avalie como positiva a presença nos hospitais e nas universidades de pessoas comprometidas com a saúde pública, Sparta ressalta que um dos desafios do sistema é o orçamento das instituições. "A gente vê que poderia ter um orçamento melhor, principalmente em algumas áreas específicas, justamente para os hospitais conseguirem trabalhar com tranquilidade."

Diretor de relações institucionais da Santa Casa de Bagé, o vereador pelotense Rafael Amaral (PP) acompanhou a agenda da Frente em Pelotas e participou das visitas às instituições na cidade. "Por lei, os municípios precisam investir 15% em saúde. Por exemplo, em Porto Alegre é investido 22%, já aqui em Pelotas se investe 15,58%, ou seja, apenas 0,58% a mais do que é obrigação. Isso é nada e não tem como fazer saúde sem dinheiro."


Frente Pró-Saúde RS

Criado em 2022, o grupo conta com representantes da Associação Médica do Rio Grande do Sul (Amrigs), Conselho Regional de Medicina (Cremers), Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Federação RS - Santas Casas e Hospitais Sem Fins Lucrativos e Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde do Rio Grande do Sul (Fehosul).

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