Os ventos aumentaram de intensidade de quinta para esta sexta-feira (17), chegando perto dos 20 quilômetros por hora, e a maré no canal da Barra não é considerada alta para impedir o escoamento de água da Lagoa dos Patos para o Oceano Atlântico.

Para sábado, a tendência é de novo aumento na intensidade, com os ventos alternando entre sudoeste e sul, de até 40 quilômetros por hora na lagoa. Nesta sexta, permanece entre oeste e sudoeste. Não há previsão de chuvas na região da Bacia do Guaíba e das lagoas no Estado. Na quinta, as chuvas de 30 milímetros, em áreas isoladas do Guaíba, não devem gerar impactos nas cheias.

A expectativa na Sala de Situação em Pelotas é de que os níveis de água no município oscilem, com períodos de elevação, mas também de quedas. "[O vento] deve atuar na oscilação da Lagoa", afirmou o meteorologista da UFPel, Henrique Repinaldo.

A prefeita Paula Mascarenhas voltou a demonstrar otimismo com o sistema de contenção na cidade. "Não é a maior enchente [em Pelotas] no sentido que em 1941 a cidade não tinha esse sistema de contenção. Hoje, a cidade sofre menos", disse em reunião na Sala de Situação.

Paula afirmou, ainda, que não é hora de relaxar, devido à dinâmica complexa que as cheias têm apresentado. Ela não descarta iniciar nesta sexta o debate de volta às aulas, e completou que se deve projetar, para o futuro, reforços e novos sistemas de contenção no município.

Ainda na quinta-feira, chamou a atenção o vazamento de água no dique do Quadrado. A diretora-presidente do Sanep afirmou que é uma situação delicada, e que nesta sexta mergulhadores trabalharão na tentativa de efetuar reparos.