Hortaliças

Clima adverso prejudica a produção de tomates no interior de Pelotas

Consumidores sentem no bolso o impacto das condições meteorológicas desfavoráveis sobre as culturas

Divulgação - DP - Na colheita do cedo, que começou nos últimos dias, a oferta deve ser reduzida

Quem procurou tomate na feira ou no supermercado para compra nas últimas semanas, sentiu no bolso a diferença de preço, que foi às alturas. O preço alto é explicado pela lei da oferta e da procura, já que os problemas ocorridos no campo refletiram diretamente na disponibilidade do produto, principalmente nas feiras livres. Quem explica é o extensionista da Emater Pelotas, André Perleberg, que acompanha de perto o manejo da cultura no interior de Pelotas e observa a baixa oferta do fruto cultivado mais no cedo e que começou a ser colhido nos últimos dias.

Segundo ele, o tomate, assim como outras hortaliças, teve sérios problemas relacionados ao clima por causa das chuvas expressivas ocorridas nos meses de agosto e setembro, sobretudo em agosto, que é quando os produtores iniciam as atividades de plantio da cultura, principalmente na localidade da Colônia Osório, no interior de Pelotas. “Os produtores que fazem o plantio dentro do mês de agosto, com a intenção de antecipar o ciclo da cultura, já arriscam a possibilidade de sofrer com as geadas e o tomate é uma cultura bem sensível ao excesso de frio”, diz.

No entanto, os meses de agosto e setembro não foram favoráveis para fazer este plantio mais do cedo. Aqueles que conseguiram plantar do cedo sofreram com a ocorrência de granizo, no mês de setembro, que atingiu algumas localidades no interior de Pelotas. Lavouras em pleno desenvolvimento vegetativo e floração foram arrasadas. Tiveram mais sucesso aqueles produtores que plantaram em áreas mais elevadas e de boa drenagem.
No geral, os produtores acabaram fazendo o plantio junto com a maioria, no final de outubro e meados de novembro, ressalta. “Em agosto e setembro choveu muito, tornando impossível fazer o transplante de mudas nos canteiros e em outubro já choveu menos”, diz. Por isso, os produtores de tomate acabaram fazendo o plantio no final do mês de outubro, e aproveitaram a primeira quinzena para o preparo do solo e encomenda das mudas.

Ele explica que alguns produtores compram as mudas de viveiristas de Canguçu e do centro do Estado, mas há aqueles que preferem produzir a própria muda. Então quem semeou as sementes nas bandejas no mês de outubro precisou esperar de 35 a 40 dias para que ficassem prontas para o transplante, diz.
“Com as mudas prontas lá pelo dia 10 de novembro, houve um atraso do plantio no local definitivo de cultivo”, ressalta. Outro fator desfavorável à cultura está sendo o excesso de umidade, com a ocorrência de chuvas frequentes, de três a quatro dias de duração e muitas vezes duas vezes por semana, ou mais persistentes, tornando bastante difícil o manejo da cultura e refletindo na produtividade por área

“O que está ocorrendo com a maioria dos produtores que conseguiram plantar este tomate do cedo é produção inferior principalmente pela ocorrência de doenças fúngicas”, diz. Além de ter atrasado o início da colheita, que começou há alguns dias, há ainda a redução na quantidade por área pela entrada destas doenças, ressalta.

As esperanças se voltam, e se o tempo colaborar, aos frutos de ciclo médio, que estão sendo transplantados agora e começam a ser colhidos no início de fevereiro e depois aos de ciclo mais tardio, com transplante no final de janeiro e início de fevereiro e colheita no final de abril e meados de maio, antes da chegada do inverno.

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