Investigação

CPI do PS define próximos passos

Comissão quer ouvir Armando Manduca, que era secretário de Saúde adjunto quando contrato do PS foi assinado

Foto: Fernanda Tarnac - Câmara Pelotas - CPI tem relatoria de Jurandir Silva e presidência de Rafael Amaral

Vereadores que integram a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga suspeitas em torno do Pronto Socorro (PS) de Pelotas se reuniram ontem para traçar os próximos passos da comissão. Os trabalhos da CPI estiveram paralisados ao longo de maio em razão das enchentes que afetaram o Rio Grande do Sul.

O próximo convidado a depor será Armando Manduca, atual diretor da Beneficência Portuguesa. Manduca, que deverá será ouvido como testemunha, coordenou o processo de municipalização plena da saúde em Pelotas e foi secretário de Saúde adjunto à época em que foi feito o contrato que passou a gestão do Pronto Socorro ao HUSFP. A expectativa é de que ele seja ouvido na próxima quarta-feira.

Na próxima semana, haverá apenas uma oitiva, embora o presidente da CPI, Rafael Amaral (PP) admita a possibilidade de se ouvir mais de um depoimento nas semanas seguintes.

Segundo o relator da CPI, Jurandir Silva (PSOL), a comissão continua a análise de documentos enquanto aguarda informações que ainda não foram recebidas. Jurandir diz ainda que a CPI irá solicitar o relatório da sindicância aberta na Procuradoria-Geral do Município para investigar o caso.

A tendência é de que, após os próximos depoimentos, seja ouvido Misael da Cunha, diretor administrativo e financeiro do Pronto Socorro afastado após as suspeitas virem à tona e que a CPI tem como o principal suspeito. Também deve ser ouvido o responsável pela M de Souza Leão Ltda, empresa de portaria que teria recebido pagamentos de notas duplicadas.

Relembre
Misael da Cunha e a então diretora-geral do Pronto Socorro, Odineia da Rosa, foram afastados em fevereiro, quando a Prefeitura anunciou a abertura de uma sindicância para apurar as suspeitas de pagamentos de notas duplicadas pelo serviço de portaria. Ao longo de 2023, a M de Souza Leão Ltda teria recebido R$ 270 mil em notas duplicadas.

As suspeitas foram levadas ao governo pelo diretor-geral do Hospital Universitário São Francisco de Paula (HUSFP), Márcio Slaviero, que já foi ouvido pela CPI. A gestão do PS é feita pelo HUSFP.

Até o momento, as principais suspeitas recaem sobre Misael da Cunha, apontado nos depoimentos como tendo total autonomia sobre a gestão financeira do Pronto Socorro.

Em depoimento, a contadora da Secretaria de Saúde Priscila Gonçalves afirmou que identificou R$ 782 mil em inconsistências nas prestações de contas do PS. Segundo ela, todo o trabalho contábil da secretaria é feito por apenas duas contadoras e em 2023 houve um atraso de nove meses nas prestações de contas por parte do PS.

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