
Potencialidade in loco
FURDUNÇO
Material oriundo das sessões desta semana na Câmara de Vereadores de Pelotas é farto. Para todos os gostos e ideologias. São reuniões demoradas onde as decisões não são tomadas. As considerações presenciais e via telefone constantes.
INICIO
Tudo começou na terça-feira quando o vereador Cauê Fuhro Souto (UB), disse ter fortes e graves denúncias contra um setor da Prefeitura. Não informou quem. Na sessão de quarta, revelou ter 18 denúncias contra o secretário de Assistência Social, Tiago Bündchen.
MAIS
Quinta-feira. Mais reuniões na popular “Sala de Jesus”, anexa ao plenário. A primeira das 8h50min às 9h28min e a segunda das 9h40min às 10h08min. Com participação de vereadores da base, com entra e sai permanentes.
PAUTA
Tema em questão: pedido de demissão de Tiago Bündchen, a ser encaminhado à prefeita Paula Mascarenhas (PSDB), em documento assinado pelo interessados. Até o momento em que estas mal traçadas linhas chegavam ao computador, nada foi definido.
DIRETO
Às 9h35min o presidente da Câmara, vereador Cesinha (PSB) conversou, via celular, com a prefeita Paula Mascarenhas (PSDB). Informou a situação e, dela ouviu que não tomaria nenhuma atitude sem a comprovação das denúncias.
AVALIAÇÃO
Frequentadores do principal gabinete do Paço Municipal classificam a situação como delicada, mas que, hoje, dificilmente ocorreria a exoneração de Tiago Bündchen. Até pode, mas é pouco provável. A não ser que o próprio tome a iniciativa.
AVALIAÇÃO II
Também entre vereadores, o pensamento inicial é o mesmo. Se a prefeita atender o pedido, ainda não documentado, de demissão de Tiago, estaria, a partir do ato, refém da Câmara para tomar a mesma posição em qualquer outra situação onde tal desejo fosse manifestado pelos vereadores.
DESCARTADO
O desejo de instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), manifestado verbalmente por Fuhro Souto, na sessão de terça, não está oficializado. É o seu desejo, mas que, hoje, não teria aprovação em plenário.
DESCARTADO II
Para a instalação de uma CPI, no seu pedido formal, devem constar sete assinaturas dos vereadores. Com maioria, a base do governo não ofereceria o número. A não ser que, vereadores com cargos indicados na administração ofereçam o apoio. O requerente é designado presidente.
CAUSA
Um dos motivos seria a prática de peculato, a malversação de recursos públicos por parte de servidor. No caso, trata-se de um servidor concursado, que tinha uma Função Gratificada (FG) na Secretaria de Assistência Social.
CAUSA II
Recebida a denúncia, em abril, foram abertos os procedimentos legais internos e o servidor demitido. O desvio de recursos foi perto dos R$ 90.000,00. O caso chegou ao Ministério Público.
DESDOBRAMENTOS
As sessões legislativas da semana na Câmara se encerraram ontem. O ambiente não é dos melhores e a convivência respeitosa com cada um falando e expondo-se o mínimo possível. Até terça, novas avaliações e possíveis decisões.
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