
Sucesso assegurado
RESCALDO
Se as eleições para o Conselho Tutelar em Pelotas, no último domingo, transcorreram em clima de normalidade, o pós começa a apresentar boas ou más situações, conforme o lado. Os desdobramentos chegaram à Câmara de Vereadores, ao Ministério Público e a Prefeitura.
INÍCIO
Na sessão da Câmara, na terça-feira, o vereador Cauê Fuhro Souto (UB), na tribuna, afirmou ter sérias e graves denúncias contra alguém e secretaria da administração. Não indicou nomes. Falou em caso para Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).
REAÇÃO
Tal manifestação provocou réplicas dos demais vereadores. Todos querendo saber o que acontecia. O presidente Cesinha (PSB), na terça pela manhã, disse nada saber a respeito e que não havia recebido nenhum documento a respeito.
VOZ
Na sessão de ontem, na tribuna, falando em quatro minutos, Cauê abriu o leque e jogou penas no ventilador. Afirmou ter em seu poder documentos com 18 denúncias referentes a ações na Secretaria de Assistência Social.
CONTEÚDO
Sem revelar o nome, disse que tais denúncias foram feitas por uma servidora vinculada ao Executivo. Por dedução, talvez lotada na Assistência Social. Tratam, segundo o vereador, de desvio de recursos, campanha para o Conselho Tutelar usando Cargos de Confiança, assédio sexual e ameaças.
CONTEÚDO II
Também apontou ter chegado na Câmara, endereçada ao presidente Cesinha, documento do Ministério Público, sobre o envolvimento de vereador e ex-vereadora nas eleições para o Conselho Tutelar. “Se vereador não pode se envolver na eleição, a Secretaria não pode usar CC para a campanha”, disse.
REAÇÕES
Foi o que bastou. Vereadores começaram a falar, pedindo mais informações e explicações, pois entenderam que todos, pelo dito, estavam envolvidos. O presidente Cesinha confirmou o recebimento do documento do Ministério Público, assinado pela Promotora de Justiça Luciara Robe da Silveira.
REAÇÕES II
Vereador Jurandir Silva (PSOL) apontou a gravidade do que estava acontecendo e atingia também a Câmara, enquanto poder. “Estamos recebendo denúncias de assédio, corrupção, peculato. Os vereadores precisam ter acesso aos documentos para o encaminhamento das medidas necessárias”, apontou.
TAMBÉM
Líder do governo, o vereador Marcos Ferreira, o Marcola (UB), reafirmou que as denúncias precisam ser provadas e que, com a fala de Cauê, “o Legislativo estava em xeque para tomar posição ou não” e pediu reunião para o recebimento dos documentos.
RESERVADO
Os vereadores reuniram-se na sala anexa ao plenário. Discutiram a situação e os documentos solicitados não foram entregues. O que pode ter ocorrido após ou o será hoje. Vereador Cauê falou que havia sido ameaçado por Tiago Bündchem. Após a sessão foi encerrada.
CHEGUEI
Informado sobre o que acontecia, o secretário de Assistência Social, Tiago Bündchen, chegou na Câmara às 11h45min. Não escondeu desconforto com a situação e disse que tudo deveria ser provado pelo acusador. Atendeu orientação do secretário de governo, Fábio Machado, e deixou o prédio.
ENTENDA
Faleceu ontem em Canguçu, Wino Albino Wetzel (foto). Foi vereadores na legislatura 1964/1969, ocupando cargos de secretário e vice-presidente na Mesa Diretora. Depois foi eleito vice-prefeito para a administração 1969 a 1982, tendo como prefeito Waldemar Fonseca.
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