Projeto

Festival na Comunidade leva música a Unidade Cuidativa da UFPel

Recital do Octeto de Sopros do Maranhão integrou uma série de ações culturais descentralizadas que têm marcado a atuação do evento em Pelotas

Jô Folha - DP - Apresentação ocorreu na manhã desta quarta-feira (24)

O Octeto de Sopros do Maranhão foi atração especial na Unidade Cuidativa da UFPel, instalada no prédio da antiga Laneira, no Fragata. O recital da manhã de quarta-feira (24) foi mais uma ação do projeto que leva o Festival Internacional Sesc de Música para diferentes localidades do município, o Festival na Comunidade. Este ano a 12ª edição do evento, que se encerra amanhã, disponibilizou 63 apresentações, destas, mais da metade foram descentralizadas.

O coordenador geral do Festival, Anderson Mueller, comenta que a organização se preocupa em promover essa descentralização das atividades. Este ano o projeto levou a cultura musical para hospitais, casas de acolhimento, igrejas e praças, nas zonas urbanas e rurais. Um dos locais que recebeu o evento pela primeira vez foi a Colônia Z3. "A gente descentraliza para que diferentes locais possam ser contemplados. Julgamos muito importante que o Festival esteja presente em todas as comunidades, então temos que, cada vez mais, avançar, aumentar essas apresentações", diz.

Um dos apoios para essa iniciativa também estreou esse ano, o Palco Móvel do Sesc, um caminhão adaptado para esta função, que esteve, no Largo de Portugal, no bairro Navegantes, no Balneário dos Prazeres, no parque da Baronesa e na Colônia Z3, facilitando o acesso às apresentações. "Pelotas é muito grande, mas a gente tenta contemplar todas as regiões."

Mueller também explica que a distribuição dos grupos se dá de acordo com o local. "A gente vê o perfil de cada local, para a partir daí definir qual grupo que vai. Por exemplo, num hospital, que é mais para o público interno e que é um formato mais itinerante, precisamos levar uma composição com instrumentos mais leves que possam ser tocados em pé."

Sesc Musicar

O octeto é formado por instrumentos de sopro tocados por alunos da Orquestra de Sopros do Sesc Musicar, do Maranhão. Este núcleo também se apresentou na noite de quarta-feira (24), no Theatro Guarany, no concerto da Orquestra Jovem Sesc Brasil. "É importante que além de fazer as aulas eles tenham essa interlocução com a cidade, com as pessoas e que também haja esse intercâmbio cultural. Aqui (na Unidade Cuidativa) estamos com um grupo do Maranhão que também está trazendo um pouco da sua cultura", comenta o coordenador.

O grupo apresentou composições das músicas de concerto e popular, como Carinhoso, além de canções folclóricas. O regente da Orquestra de Sopros do Maranhão, Jairo Moraes, esteve à frente do octeto e além de conduzir os instrumentistas, compartilhou com o público presente informações sobre o repertório e um pouco do folclore maranhense, ao explicar o que é o famoso Bumba meu boi ou Boi-bumbá.

Esta é a primeira vez que este grupo participou do Festival, exceto Moraes, que está no seu terceiro ano do evento. "O país tem essa diversidade cultural muito grande e, às vezes, a gente está lá do outro lado do mapa e muita gente só conhece pela televisão e a gente conseguiu trazer as indumentárias e um repertório nosso."

Depois desses dez dias de imersão nas aulas, essa foi a primeira apresentação pública do Octeto no Festival. Provavelmente esta mesma formação também se apresente no recital de alunos, que ocorrerá amanhã, às 13h, no Conservatório de Música da UFPel. Moraes avalia que essas experiências, proporcionadas pelo Festival e pela participação no Festival na Comunidade, são únicas para os alunos. "Alguns deles nunca tinham saído do estado, foi a primeira vez que pegaram um avião, num voo que cruzou o Brasil todo para poder trazer esse tipo de repertório para essas pessoas aqui. Foi muito gratificante. Acredito que para eles vai marcar na memória esse momento que vivemos aqui em Pelotas, tocando para essas pessoas", comentou.

Presente

Zair Neto Xavier,70, ficou encantada com o octeto e fez questão de participar dos registros fotográficos com os instrumentistas ainda caracterizados por itens da indumentária do boi-bumbá, ao final da apresentação. A paciente da Unidade conta que utiliza dos serviços oferecidos há três anos, em um período difícil da sua vida, quando não conseguia nem caminhar. Hoje ela até participa do grupo de dança circular. "Aqui é maravilhoso, nota dez em tudo. Adorei essa atividade. Eu estou sempre aqui e eles vêm com esses presentes pra gente."


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