O Festival Internacional Sesc de Música reúne profissionais de diversas partes do mundo, entre regentes, solistas, alunos e professores, somados a uma plateia calorosa, que vivencia o evento em Pelotas. A 11ª edição, que segue até o dia 27 de janeiro, celebra compositores consagrados - um internacional, dois nacionais e um regional. Os homenageados são Johannes Brahms, Heitor Villa-Lobos, Camargo Guarnieri e Avendano Júnior. Além das artes presentes em diferentes pontos da cidade, criadas pelo artista plástico Madu Lopes com imagens dos músicos interagindo com espaços arquitetônicos de Pelotas, apresentações reforçarão o reconhecimento ao legado dos escolhidos. 

Nesta quinta-feira (19), o pelotense, músico e compositor, Assumpção Avendano Júnior, precursor do choro na cidade, será lembrado em um recital, às 19h, na Bibliotheca Pública Pelotense, pelos músicos brasileiros Mathias Behrends Pinto, Lucian Krolow, Matheus Kleber, Elias Barboza, Guilherme Sanches, Alexandre Susin, Fernando Deddos, Albert Khattar e Marcelo Barboza. Já no dia 25, às 20h30, o palco do Theatro Guarany apresentará “Avendano Júnior: a tradição do choro em Pelotas”. O repertório do espetáculo trará clássicos do compositor, além de revisitar a memória coletiva e sonora das noites boêmias no Bar Liberdade.

Assim como Avendano, a importante referência do romantismo musical europeu do século 19, Johannes Brahms, foi retratada nas ilustrações do Festival. Na homenagem, Brahms aparece em frente ao Theatro Sete de Abril. Já Villa-Lobos, uma figura criativa significativa do século 20 na música clássica brasileira e o compositor da América do Sul mais conhecido mundialmente, aparece junto do Mercado Central. Camargo Guarnieri, que é o segundo compositor brasileiro mais executado no mundo, foi desenhado regendo na janela da Bibliotheca Pública Pelotense. 

Responsável pelas ilustrações, Madu Lopes resgatou o protagonismo de cada um dos compositores homenageados. Artista há 24 anos, ele é natural de Dom Pedrito, mas encontrou em Pelotas, onde mora há anos, uma segunda casa: “A cidade me acolheu e nela pude encontrar uma fonte de inspiração para o meu trabalho. Por sua identidade cultural riquíssima, Pelotas me fez artista”, destaca. Em seu portfólio, ele evidencia técnicas que vão desde a pintura e a ilustração à esculturas, cenografias e murais, ainda que se dedique mais aos trabalhos realizados com tintas.