Festival

Espetáculo destaca entidades culturais de Pelotas

Ópera I pagliacci, da CORS em parceria com o Tholl, leva ao palco também o coro sinfônico da SPMM na noite desta quinta-feira (18)

Foto: Vitória Proença - Montagem foi concebida pelo diretor cênico, Flávio Leite, que quis também homenagear o Tholl, no 20º aniversário da trupe circense

Uma produção conjunta entre a Companhia de Ópera do RS (CORS) e o Grupo Tholl, a ópera I pagliacci é a atração desta noite, do 12º Festival Internacional Sesc de Música. A releitura da ópera do italiano Ruggero Leoncavallo levará ainda ao palco do Theatro Guarany, o coro da Sociedade Pelotense Música Pela Música (SMPM). A apresentação está marcada para as 20h30min e os ingressos foram distribuídos anteriormente. Quem não conseguiu retirar a sua entrada, com número limitado, pode tentar, a partir das 18h, na bilheteria do Theatro, na Lobo da Costa, 849.

Dividida em dois atos, aproximadamente duas horas, I pagliacci (Os palhaços, em português) conta uma história trágica, que envolve tristes temáticas, como feminicídio e discriminação. A adaptação gaúcha estreou em junho do ano passado no Theatro São Pedro. “Foi um grande sucesso com as récitas todas esgotadas e agora a gente tem essa alegria de trazer esse espetáculo para Pelotas, pro Festival, contando agora com a parceria do Coro da Sociedade Pelotense Música pela Música”, explica o cantor e professor Flávio Leite, responsável pela direção cênica e pela concepção desta montagem.

De acordo com o diretor cênico, esta é uma grande produção da CORS, que envolveu ao menos uma centena de pessoas. “Temos uma orquestra (do Theatro São Pedro) grande no fosso, solistas, coro e os artistas do Tholl. É uma superprodução, algo de uma magnitude que faz muito tempo, eu acho, que Pelotas não vê”, diz. No ano passado a CORS apresentou, também pelo Festival, a ópera Cavalleria rusticana, mas apenas com piano. “Este ano viemos com orquestra, cenários, figurinos, com tudo. Estamos muito felizes, muito agradecidos ao Sesc pelo convite de trazermos esse espetáculo tão especial, porque tem a participação de tantos pelotenses”, comenta.

Um dos diferenciais deste espetáculo é ter uma genuína trupe circense no palco. Flávio Leite conta que quando concebeu esta montagem pensou também em fazer uma homenagem aos 20 anos do Tholl.

O diretor do grupo, João Bachilli, conta que esta foi a primeira vez do elenco em uma ópera. “Foi uma experiência incrível, a gente conheceu essas pessoas. Conhecemos muita gente legal e ficamos impressionados com a generosidade de uns artistas com os outros.”

Pelotas representada

Além da presença do Tholl, o coro sinfônico representa outra entidade cultural de Pelotas neste espetáculo. Leite, que está no município desde a semana passada, ensaiando o grupo, diz que o coro é fantástico. “Eles têm toda uma preparação e um entusiasmo. O trabalho desenvolvido pelo maestro Sérgio Sisto aqui e da Ana Elisa Kratz, na presidência da entidade, é exemplar”, diz.

A ópera terá ainda a participação do maestro Sisto, que subirá ao palco como intérprete do personagem Silvio. Pelotas também estará representada, no elenco, pelo barítono Roger Nunes, como Tonio, e João Ferreira Filho, como Contadino. “Eu costumo dizer que a Companhia veio para potencializar as iniciativas. Aqui em Pelotas, com o maestro Sérgio, no Música pela Música e o pessoal da UFPel, desenvolve-se um trabalho muito sério e qualificado. Pelotas é um pólo importante no canto lírico. É a segunda vez que a gente traz nossos espetáculos da Companhia para cá, contando com o coro da Sociedade, no ano passado fizemos o Cavalleria rusticana”, fala Leite.

Conflitos humanos

Com muitas composições conhecidas, como Veste la giubba, I pagliacci é uma ópera popular. “É uma ópera fetiche, como costuma-se dizer, ela trata sobre artistas, dos conflitos humanos dos artistas no ofício da sua profissão. Pagliacci é amada pelo público e pelos artistas”, explica o diretor.

Elenco considerado de luxo por Leite, que destaca a voz “revelação” do tenor Giovanni Marquezelli. “Temos o privilégio de ter esse grande tenor gaúcho, que tenho certeza que vai colocar o teatro abaixo. São vozes extraordinárias, tanto do Marquezelli quanto da Eiko Senda e do Roger Nunes. Não tem como passar sem se emocionar, neste pagliacci. É uma ópera e tanto e estamos com grande expectativa para termos um Guarany lotado se emocionando com a gente, mais uma vez.”

Ficha técnica

Direção Musical e Regência: Evandro Mattè

Concepção e Direção Cênica: Flávio Leite

Coro da Sociedade Pelotense Música pela Música: preparação Sérgio Sisto

Participação Especial Grupo Tholl: direção artística João Bachilli

Cenários: Rodrigo Shalako

Iluminação: Veridiana Mendes

Figurinos: Acervo Tholl

Elenco:

Canio: Giovanni Marquezelli, tenor

Nedda: Eiko Senda, soprano

Tonio: Roger Nunes, barítono

Silvio: Sérgio Sisto, barítono

Beppe: Oséas Duarte, tenor

Contadino: João Ferreira Filho, tenor

Programação do Festival

Quinta-feira
13h - Recital de Alunos (Conservatório de Música da UFPel, rua Félix Xavier da Cunha, 651)
14h - Grupo de Cordas do Festival (Hospital São Francisco de Paula, rua Marechal Deodoro, 1.123)
19h - Autocine Brazilian Blend (Shopping Pelotas, avenida Ferreira Viana, 1526)
19h - Recital de Metais, Piano, Madeiras, com José Milton Vieira (BRA), Paulo Bergmann (BRA), Sarah Hornsby (EUA), Carlos Gontijo (BRA), Fernando Deddos (BRA), Michel Lethiec (FRA), Diego Grendene (BRA), Giorgio Mandolesi (ITA), (Clube Caixeiral, praça Coronel Pedro Osório, 106)
19h - Camerata Negrinho Martins - Palco Móvel Sesc (B. Navegantes)
20h30min - Ópera I pagliacci - CORS (Theatro Guarany, rua Lobo da Costa, 849) - Espetáculo com serviço de tradução em Libras

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