Iniciativa

Pelotas projetada no Sete de Abril

À Luz da Memória: Patrimônio em Evidência chega à cidade nos dias 7 e 8 de julho em comemoração aos 211 anos

Foto: Carlos Queiroz - DP - Theatro foi a primeira e única escolha pela sua representatividade

Se no próximo final de semana você passar pela praça Coronel Pedro Osório e olhar para o Theatro Sete e tiver a sensação de voltar no tempo é porque a história e a cultura da cidade estarão sendo projetadas no prédio histórico. A iniciativa tem como objetivo valorizar o patrimônio do Município, criando narrativas contemporâneas para atrair de maneira lúdica e informativa o público para o que ele receber de sua cidade, ou seja: a herança de Pelotas, através do projeto À Luz da Memória: Patrimônio em Evidência. Com patrocínio da CEEE Grupo Equatorial Energia, via Lei Estadual de Incentivo à Cultura (LIC-RS), a novidade já passou por Porto Alegre, no Memorial do Rio Grande do Sul, e Rio Grande, no prédio da Alfândega, e as intervenções agora chegam em Pelotas e Bagé.

De acordo com a produtora executiva do projeto e uma das proponentes, a arquiteta Simone Neutzling, o Sete de Abril foi a primeira opção de escolha em função da representatividade e a configuração arquitetônica, que permitirá uma projeção nítida e emocionante. “Os tapumes da obra vão entrar como elemento do projeto, pois serão colocados lambe-lambes da divulgação do projeto e trabalhos feitos com estudantes”, explicou a especialista. Simone revela que foi muito complicado fazer a compilação de imagens pelo vasto material histórico da cidade. “Mas como trabalhamos com temáticas e em Pelotas será: manifestação cultural, foi possível fazer um recorte das manifestações culturais da cidade”, justificou.

Nos 211 anos

Para conhecer Pelotas com essa nova roupagem, o público terá dois dias, a partir das 18h, sendo que o evento integra a programação das comemorações do aniversário da cidade. Para a produção, a projeção transportará o público através dos séculos para conhecer o patrimônio cultural da cidade, com uma viagem à história local, desde os tempos em que indígenas habitavam essas terras alagadiças, até a chegada dos europeus e o desenvolvimento da indústria do charque no século 19. A área no entorno da praça Coronel Pedro Osório tem sua história contada a partir da segunda fase de desenvolvimento urbano, período onde o teatro foi construído. O roteiro também revela aos espectadores a dura realidade da escravidão e o florescimento da expressão artística que floresceu na cidade, assim como os famosos doces, reconhecidos como patrimônio cultural imaterial brasileiro em 2018.

A proposta do À Luz da Memória convida as pessoas, e não as que já admiram a arte, a história, o patrimônio e a cultura da cidade, mas todo cidadão a refletir sobre a pluralidade das expressões culturais de Pelotas e a importância de compreender a construção de sua história. Simone conta que a ideia é chamar a atenção para as pessoas que estão com o olhar mais disperso ao patrimônio, por meio de vídeo, áudio e movimento. “É um convite para nos conectarmos com elementos dos diferentes tempos e culturas que seguem reafirmando, reivindicando e constituindo as memórias compartilhadas da cidade na atualidade”, revela Darlan Marchi, historiador responsável pela pesquisa na cidade.

As apresentações serão acompanhadas de intérpretes de libras e terão intervalos ao longo da noite. Cada projeção tem a duração de 10 minutos, sendo especialmente criada para a cidade, contando com a assinatura da imersiva. As projeções, gratuitas, começarão sempre ao entardecer.


Educação e projeção

Este mês, ações de educação patrimonial em Pelotas ocorreram com crianças e pré-adolescentes do Instituto Hélio D’Angola, com uma visita guiada ao Museu do Doce (Casarão 8). Os visitantes conferiram a exposição que conta a história do Doce de Pelotas, patrimônio imaterial brasileiro, assim como a trajetória da sede e arquitetura do prédio. Em seguida, os alunos integraram uma oficina ministrada pela museóloga Jossana Peil Coelho e pela historiadora Rita Juliana Poloni, com proposta mais lúdica, utilizando desenhos e pinturas na criação de mapas afetivos em relação ao entorno da praça Coronel Pedro Osório. Encerrando as atividades, o grupo participou de visita guiada pelo Theatro Sete de Abril.

Os produtos gerados pelas atividades de educação patrimonial - mapas afetivos, legendas e ingressos - serão analisados e selecionados pela equipe responsável pela área e servirão como material para a exposição “devolutiva” que ocorrerá em cartaz (lambe-lambe) fixado no tapume em frente ao Theatro Sete de Abril durante os dias de projeções.


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