A Editora do IFSul recebe até o dia 31 deste mês de outubro inscrições de interessados em participar como autores de capítulos do Volume 3 da obra IFSul Nossa História. Podem se integrar ao projeto integrantes da comunidade acadêmica e em geral. O livro, que celebra a primeira década do Instituto, terá três volumes, sendo que o terceiro vai trazer histórias de quem participou desse processo e teve sua vida impactada por esta entidade.

Este é o projeto de maior fôlego da Editora, que existe há cinco anos. "A obra comemora os dez anos do IFSul é um recorte temporal", explica a administradora Carla Silva Fiori. O primeiro volume traz as percepções de gestão, escrito por diretores e coordenadores de equipe de diferentes setores que contaram como se deu a transformação do extinto Centro Federal de Educação de Pelotas em Instituto Federal Sul-rio-grandense. O edital está disponível no site: http://omp.ifsul.edu.br/index.php/portaleditoraifsul.

No final de novembro deve ser publicado o segundo volume, que contém a história da Reitoria e de todos os outros 14 Campus. "Nosso esforço é que todos os Campus tenham o seu capítulo", explica Carla.

Agora o edital 11/2023 quer trazer o relato de alunos e ex-alunos, além de familiares, professores e demais funcionários sobre a sua trajetória no IFSul. "O edital está com inscrições abertas e os interessados tem até abril do ano que vem para enviarem os seus capítulos, que podem ser textos em formato de crônicas. Temos uma comissão avaliativa que vai observar com atenção os textos. A medida que recebermos os textos vamos trabalhando para publicar esse terceiro volume que é a voz da comunidade, que não é a história oficial."

Política editorial

A editora, que atua desde 2019, tem atualmente 20 livros publicados, destes apenas o primeiro - Lógica e Nonsense nas Obras de Lewis Carroll: silogismos e tontogismos como exercícios para o pensamento, de Rafael Montoit, tem publicação física.

Carla explica que a editora trabalha com fluxo contínuo, recebendo as submissões a partir de um edital publicado por ano. "As pessoas vão enviando e nós vamos trabalhando, passamos as obras para pareceristas, o Conselho Editorial se reúne mensalmente para a aprovar os pareceres, logo após, entra em editoração e publicação."

A administradora comenta que a política editorial é bem abrangente e a ideia é levar ao público diferentes tipos de conteúdo. "Temos algumas restrições ao tipo de literatura que a editora não publica, mas procuramos abrir a possibilidade para todas as áreas do conhecimento e até formação do Conselho Editorial vai por essa linha, nós temos representantes de todas as áreas do conhecimento. Naturalmente a nossa produção ainda é pequena e ela é mais expressiva na área das ciências humanas, mas temos ciências exatas e agrárias. Já tiveram rejeições, mas pensando no fortalecimento da editora", diz.

Os e-books estão disponíveis para download de forma gratuita. Por enquanto as obras não estão acessíveis a pessoas com necessidades especiais. "Não são obras que tenham um tratamento digital que facilite o acesso a pessoas com baixa visão, como os audiobooks, por exemplo", fala.

Para divulgar as obras a Editora tem sido integrada a feiras de livros. "Nesse mês de outubro vamos participar de quatro feiras virtuais. As feiras se constituem numa vitrine muito importante para divulgar os nossos livros e autores", argumenta Carla.

O professor e membro titular da área de Linguística, Letras e Artes no Conselho Editorial, Gilnei Oleiro Corrêa, fala que a equipe tem priorizado a expansão para que a editora se torne conhecida, inclusive nos outros Campus que compõem a rede. "Por isso fazemos exposição itinerante das capas dos livros publicados, para que outros colegas se animem a publicar a sua produção científica."

Corrêa, juntamente com o coordenador de Publicações Científica, Glaucius Décio Duarte, e o diretor de Pesquisa, Inovação e Pós-graduação, Daniel Ricardo Arsand, explicam que a ideia que fundamenta a existência da editora é justamente a de dar conhecimento da produção científica da própria entidade, que passava despercebida pelos colegas. "Os profissionais da rede estão se qualificando e internamente a gente não conhece essa produção intelectual", diz Corrêa.