Evento

Projeto Samba D’Terreiro tem segunda edição no domingo

Projeto cultural leva ao público repertório formado por rezas e pontos das religiões de matriz africana

Foto: Divulgação - DP - Segunda edição do projeto apresenta pontos e rezas de saudação e exaltação das religiões de matriz africana

Neste domingo (22) ocorre a segunda edição do Samba D’Terreiro, projeto que apresenta, em forma de roda de samba, pontos e rezas de saudação e exaltação das religiões de matriz africana. O evento se inicia às 18h, na quadra da Escola de Samba Unidos do Fragata, avenida Duque de Caxias, 869. Ingressos no local.

O militante do Movimento Negro e organizador do Museu do Percurso Negro, Luis Carlos Mattozo, explica que este não é um evento religioso e sim cultural, que de forma lúdica leva ao público essa manifestação tipicamente brasileira, passada de geração para geração. “É um reencontro desta relação que vem a muito tempo sendo executada no Brasil. Começou com a Tia Ciata, Dona Ivone Lara, Bezerra da Silva, Dicró e Clara Nunes e hoje sambistas como Zeca Pagodinho, Xande de Pilares, Beth Carvalho tem buscado inspiração na história da religião para embalar a sua produção musical.”

A iniciativa é do músico Michel Silva, cavaquinista e umbandista. “Há muito tempo eu tinha vontade de fazer o samba desse formato, porque no Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, isso já acontece. Como eu sou da religião e músico, eu pegava o violão, começava a musicar alguns pontos, colocava melodia”, conta o instrumentista.

Silva só não levava a ideia adiante por medo de julgamentos, até mesmo de outros praticantes da umbanda. “Sou umbandista, nasci e me criei dentro da religião, toco tambor desde os oito anos. Eu estou tendo um cuidado extremo em saber o que eu posso trazer ou não posso trazer pra roda de samba”, conta.

Ao amadurecer a proposta, Silva contou com o apoio de amigos músicos, que hoje se apresentam com ele. “Fechei uma parceria e estamos tocando pra frente o projeto.” O repertório é formado por pontos e rezas tradicionais, que o próprio músico, que tem 37 anos, conhece desde criança, passando por composições próprias de saudações a orixás, por exemplo.

Acompanham Michel Faria do grupo J. Junior (violão), Sílvio Sampaio (pandeiro), Gênesis Lemos, Ricardo Furtado, Guilherme Calajara, Tainã Alves (percussão) e Geferson Renato (atabaque). Neste domingo a roda de samba terá a participação especial de Vagner Moura (violão e voz), na abertura, além das tamboreiras Driely e Mana Gill.

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