Números

Endividamento das famílias chega a 89%

Análise dos dados pela Fecomércio gaúcha mostra pequenas variações entre este começo de 2024 e o ano passado

Foto: Divulgação - DP - Percentual de famílias com dívidas foi de 89%

A edição de janeiro de 2024 da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência das Famílias (Peic) gaúcha, realizada nos últimos dez dias de dezembro, revelou que o percentual de famílias com dívidas foi de 89%, com pequena variação perante dezembro de 2023 (88,7%) e recuo frente a janeiro de 2023 (90,6%).

O percentual de famílias com contas em atraso foi de 39,1% e apenas 2,4% relatam não ter condições de pagar qualquer parte da dívida atrasada em 30 dias. A Peic-gaúcha é realizada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) e a análise e divulgação foi feita pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio) gaúcha em 16 de fevereiro.

Para o indicador do percentual de famílias com contas em atraso, os dados mostraram pequeno recuo na margem, passando de 39,5% em dezembro de 2023 para 39,1% em janeiro de 2024. Frente a janeiro do ano passado (36,4%), no entanto, o indicador segue em patamar elevado, indicando que as dificuldades em pagar as contas em dia persistem.

Ainda assim, a evolução recente do indicador, com a terceira variação negativa consecutiva, assim como a nova redução na margem no total de famílias que se sentem muito endividadas (27,8% para 26,3%) e a queda no tempo médio de atraso (34,7 dias para 33,5 dias) indicam um quadro que apesar de difícil, tem mostrado pequena evolução positiva.

Em relação ao percentual de famílias que não conseguem quitar nenhuma parte de suas dívidas nos próximos 30 dias (2,4%), também se verificou pequena contração perante os 2,6% do mês anterior – primeiro recuo na margem em oito meses.

Apesar de mais elevado que em janeiro de 2023 (2,1%), a média histórica baixa do indicador esboça um quadro de poucas famílias em situação de persistência da inadimplência e esforço para pagar as contas atrasadas e, assim, manter o acesso ao crédito.

Além disso, a pesquisa também destaca o percentual maior de famílias que relatam ter condições de pagar a totalidade das contas atrasadas em 30 dias, com avanço na margem, de 51,0% para 52,0%, e também em relação a janeiro de 2023 (40,7%).
“Ainda que persista uma situação delicada no quadro de endividamento das famílias, um cenário macroeconômico com continuidade da queda dos juros, inflação comportada e sustentação da renda abre espaço para uma dinâmica de crédito menos nociva aos orçamentos familiares.” comentou o presidente da Fecomércio gaúcha, Luiz Carlos Bohn.

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