A construção de moradias para a faixa 1 do Programa Minha Casa, Minha Vida pode voltar a movimentar as cadeias do setor em Pelotas. Já estruturada, pode oferecer mais de duas mil unidades, com o começo das obras ainda neste ano, aumentando em 50% a contratação atual de mão-de-obra.

As estimativas são do presidente e do diretor do Sindicato da Indústria da Construção e Mobiliário (Sinduscon) de Pelotas e Região, Pedro Amaral Brito e Marcos Fontoura, respectivamente. Presente no 96º Encontro Nacional da Construção (Enic), em São Paulo, Fontoura contou que esse foi o tema central do evento.

O Minha Casa, Minha Vida, que volta em substituição ao Casa Verde e Amarela, precisa, no entanto, do tripé formado pelos governo federal e municipal e pela cadeia produtiva da construção para tornar o mercado da habitação social uma realidade local, explica Fontoura.

Os recursos, em montante único, destinados ao programa, são canalizados para os municípios mais articulados, alerta Fontoura. Pelotas tem um déficit de dez mil moradias com esse perfil, segundo estimativa da entidade, que tem pelo menos dez empresas filiadas para atender as essa fatia do mercado.

São empresas locais que se destacaram pela construção de moradias sociais em programas anteriores tanto na cidade como em outras regiões do Estado. “O setor está preparado para combater esse déficit”, adianta Amaral Brito. “Aqui, nós somos um polo para a retomada do programa”, completa o presidente.

Além da construção das unidades habitacionais, a parceria com a Prefeitura oportuniza que diferentes áreas da cidade passem a contar com infra-estrutura. O anúncio pelo governo federal das regras do Minha Casa, Minha Vida dará o impulso necessário para que as construtoras se movimentem.