Renda

Pelotas sobe no ranking de potencial de consumo em 2023

Município ocupa quarta posição no Estado; estimativa é que R$ 12,8 bilhões sejam gastos pelos pelotenses este ano

Foto: Carlos Queiroz - DP - Comércio pelotense vê resultados da pesquisa com otimismo

Quanto dinheiro os pelotenses irão gastar em 2023? Segundo o estudo IPC Maps, que calcula o potencial de consumo no Brasil, os gastos da população do Município devem chegar aos R$ 12,8 bilhões este ano. A estimativa leva a cidade ao quarto lugar do ranking do Estado - atrás de Porto Alegre, Caxias do Sul e Canoas - e à lista de cem cidades com maior potencial de consumo em todo o País. Em 2022, Pelotas havia perdido duas posições no ranking gaúcho e ficado em quinto lugar, com uma estimativa de R$ 10 bilhões.

Habitação, veículo próprio, despesas não categorizadas e alimentação são alguns dos principais segmentos em que os pelotenses devem concentrar suas despesas. Para o secretário de Desenvolvimento, Turismo e Inovação de Pelotas, Gilmar Bazanella, o aumento da renda per capita nos últimos anos e do número de postos de trabalho no pós pandemia são algumas das principais razões para o ganho de posições nos rankings estadual e nacional. "O perfil do nosso consumidor é bem segmentado, mas acredito que o fator principal é a melhora dos índices de desenvolvimento econômico da cidade, por conta de investimentos externos e da melhora nos ambientes de negócios", avalia Bazanella.

Os gastos pelotenses acompanham a tendência estadual. No Rio Grande do Sul, a estimativa de aplicações em habitação, despesas diversas e veículo próprio também figuram no topo das prioridades. A nível estadual, o estudo estima que serão R$ 464,4 bilhões gastos pela população gaúcha.

Impacto nas lojas
Quem depende do consumo da comunidade para sobreviver comemora a notícia, embora ainda não veja mudanças na prática. "Traz alguma tranquilidade saber que esse potencial se mantém num nível bem significativo. Agora, não podemos esquecer que isso é uma projeção. Existe o potencial do consumo, mas em função de um conjunto de fatores, pode ser que a população gaste mais ou menos", comenta o presidente do Sindicato do Comércio Varejista (Sindilojas) de Pelotas, Renzo Antonioli.

Segundo ele, o primeiro semestre de 2023 foi parecido com o último ano, que teve resultados razoáveis. "O faturamento das empresas do varejo, com pequenas exceções de datas comemorativas, tem fechado números próximos aos do ano passado", complementa. Antonioli destaca que, entre as principais percepções do Sindicato, está a desaceleração do ritmo dos consumidores. "Estamos vivendo um momento de incertezas e indefinições na nossa economia e o que se percebe é que a velocidade do consumo deu uma retraída. Isso a gente vê nitidamente em vários segmentos, tanto em materiais de construção quanto em calçados, confecções, móveis e outros", finaliza.

Zona Sul
Da Zona Sul, apenas Pelotas, em quarto lugar, e Rio Grande, em 11º lugar, figuram entre as 50 cidades com maior potencial de consumo no Estado. Já entre os cem municípios com maior potencial, a região é representada por São Lourenço do Sul, em 60º, Canguçu, em 62º, Santa Vitória do Palmar, em 93º, e Jaguarão, em 96º.

Sobre a pesquisa
Realizada há mais de 30 anos e publicada anualmente pela IPC Marketing Editora, a pesquisa IPC Maps funciona como um banco de dados segundários, elaborado a partir de dados de instituições oficiais. O estudo realiza o detalhamento do potencial e perfil de consumo de todos os municípios brasileiros através de recursos de geoprocessamento. As informações são organizadas por regiões demográficas e os perfis de cada municípios trazem dados demográficos, número de empresas e potencial de consumo de 22 categorias de produtos segmentadas por classe socioeconômica.


Alguns dados do IPC Maps 2023

Potencial de consumo deste ano

- Brasil: R$ 6,7 trilhões
- Rio Grande do Sul: R$ 464,4 bilhões
- Pelotas: R$ 12,8 bilhões
- Rio Grande: R$ 7,519 bilhões
- São Lourenço do Sul: R$ 1,471 bilhão
- Canguçu: R$ 1,444 bilhão
- Santa Vitória do Palmar: R$ 939 milhões
- Jaguarão: R$ 930 milhões


Potencial de consumo pelotense por segmento

- Habitação: R$ 3 bilhões
- Veículo próprio: R$ 1,4 bilhão
- Alimentação no domicílio: R$ 1 bilhão
- Alimentação fora do domicílio: R$ 572,5 milhões
- Medicamentos: R$ 457,1 milhões
- Vestuário confeccionado, calçados e joias: R$ 443,2 milhões


Potencial de consumo em Pelotas por classe socioeconômica

- Classe A: R$ 1,4 bilhão (11,9% do total)
- Classe B: R$ 5 bilhões (41,7% do total)
- Classe C: R$ 4,2 bilhões (35% do total)
- Classe D/E: R$ 1,3 bilhão (11,5% do total)


Estimativa de consumo per capita (por ano) em Pelotas

- Urbano: R$ 37,5 mil
- Rural: R$ 31,8 mil

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