Economia

Sobe a confiança dos pequenos da indústria

Índice subiu 2,8 pontos em dezembro

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil - Coube ao presidente do Sebrae, Carlos Melles, fazer uma avaliação de cada um dos setores produtivos no ano passado e apontar perspectivas

Por Maria da Graça Marques
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A confiança dos donos de pequenos negócios da indústria apresentou alta de 2,8 pontos em dezembro de 2022, influenciada pela recuperação de parte das expectativas, em especial da produção. Os dados são do boletim mensal sobre a sondagem econômica do setor, que é calculado pelo Sebrae, com a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Segundo o levantamento, dezembro registrou leve recuo (-0,5 ponto) no resultado geral do Índice de Confiança das Micro e Pequenas Empresas (IC-MPE). Os pequenos negócios do comércio e de serviços apresentaram queda de 1,1 e 0,3 pontos, respectivamente, em contraposição ao índice da indústria que cresceu.

Apesar da ligeira redução nas vendas em dezembro, na média geral, a expectativa é de melhora para os próximos meses, sobretudo em serviços e indústria.

Em indústria, a aceleração foi impulsionada pelos alimentos, refino e produtos químicos, metalurgia e produtos de metal. No comércio, a queda da confiança foi observada em situação atual dos negócios e nas expectativas de negócios no curto prazo. Os dados negativos foram puxados pelos materiais de construção e bens de consumo.

Já em serviços, a confiança praticamente se estabilizou devido aos sinais opostos dos indicadores de demanda atual (em queda) e de demanda futura, com expectativa de melhora nos negócios na demanda, no faturamento e no emprego do setor para os próximos meses.

O presidente do Sebrae, Carlos Melles, explica que os últimos meses de 2022 foram marcados por uma redução do índice de confiança para as empresas brasileiras de todos os portes, o que também ocorreu no caso dos pequenos negócios. Segundo Melles, em parte, pelas incertezas associadas ao período eleitoral, devido às incertezas naturais associadas ao início de um novo governo.

No nível internacional, a desaceleração econômica ainda persistirá por um tempo, devido ao aumento esperado nas taxas de juros no exterior, o que torna o cenário desafiador.

“No campo da economia, embora o setor de serviços tenha avançado no segundo e no terceiro trimestre do ano, o endividamento das famílias, a inflação e as altas taxas de juros contribuíram para uma maior cautela dos consumidores, que reduziram sua demanda por bens e serviços no quarto trimestre, aumentando os estoques nas empresas. Apesar das possíveis incertezas sobre a condução da política econômica, estamos otimistas quanto às sinalizações de fomento ao empreendedorismo e crédito para o segmento”, destaca o presidente.

Também em dezembro de 2022, o Índice de Situação Atual (ISA-MPE) e o Índice de Expectativas (IE-MPE) apresentaram direções opostas, com queda do primeiro (89,4%) e crescimento do segundo (86,8%). Ainda de acordo com a Sondagem, no que diz respeito ao comércio, as confianças regionais foram difusas: enquanto Sudeste e Sul recuaram nos índices, Nordeste, Norte e Centro-Oeste avançaram. O mesmo se deu em serviços, onde Sul e Nordeste subiram, em contraposição ao Sudeste, Norte e Centro-Oeste que tiveram queda. A indústria não foi exceção: apresentou variações opostas, com destaque para aumento no Sul e queda no Nordeste. ​

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