Prestes a liderar o Brasil em nova campanha nacional, Rogério Zimmermann concedeu nesta quarta-feira (3) uma entrevista em que elogiou a direção xavante por questões estruturais e de condições de trabalho. Entre as principais pautas, além da projeção da Série D, estiveram os salários em dia, a manutenção de grande parte do elenco e a volta dos treinamentos à Arena Marini.

“Todo mundo tem elogiado muito, até aqui, a estrutura, aquilo que o clube está oferecendo. As condições vão continuar parecidas com o que nós tivemos nesses primeiros meses. Isso é importante porque faz com que a maioria dos atletas que jogaram o Gauchão queiram permanecer. Até os atletas que saíram, e é um número pequeno, saíram satisfeitos com o que o clube ofereceu”, comentou.

O treinador lembrou da saída de Luís Gustavo, atraído por uma proposta de um ano e meio de contrato na Portuguesa (SP), além de salário maior. RZ também confirmou a tendência de saída do meia Luiz Felipe. Antes, Rennan Siqueira e Jonathan Bocão haviam deixado o Bento Freitas.

Resgate da credibilidade

Para Zimmermann, o cenário atual é diferente daquele encontrado quando voltou ao clube, em outubro. Em diversas ocasiões durante os 45 minutos de conversa com os repórteres, na sala de imprensa do Bento Freitas, o técnico teceu avaliações positivas a respeito do trabalho da direção rubro-negra.

“Quando as coisas não vão bem, vem a crítica. As perguntas servem também pra gente dar mérito à direção do clube, que desde que a gente veio pra cá, está oferecendo boas condições. E acho que isso é fundamental. Deveria ser a normalidade, porque fortalece a imagem do clube e vai trazer benefícios não só agora no presente, mas pra futuro”, analisou RZ.

Condição dos treinos

Perguntado sobre a volta dos treinamentos diários à Arena Marini, na BR-392, o comandante disse que o presidente Evânio Tavares manifesta preocupação em ter um local para que o grupo realize suas atividades – não apenas agora, mas também no futuro. E rasga elogios à estrutura.

“O Marini é um local fantástico. Só que ele custa dinheiro. Eu quero ir pra praia, ter uma casa na praia, no verão, de frente pro mar. Mas se você não tem uma casa de frente pro mar… Você tem alugar, e aí custa dinheiro. Se o clube não tem um centro de treinamento… Por exemplo, agora está toda a semana chovendo e a gente vai treinar no Marini, o campo está em perfeitas condições. Não existe nenhum outro lugar aqui. É uma dificuldade da cidade”, comentou.

Composição do elenco

Rogério projeta a permanência de 21 ou 22 atletas. Isso depende da renovação de Guilherme Nunes, pois Da Silva e Beléa já acertaram continuidade e Rone não ficará. A tendência é de que Nunes continue no clube – isso deve ser definido nesta quinta, já que ele precisaria ter o nome publicado no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF até sexta. Caso se perca o prazo, não poderia atuar diante do Concórdia, às 15h de domingo, fora de casa.

“A renovação da maioria já é uma contratação. As melhores contratações são os jogadores que estão aqui melhorarem”, resume Zimmermann.