A torcida atendeu o chamado e o time do Brasil correspondeu na noite deste domingo (4). Mais de cinco mil rubro-negros empurraram o Xavante para a segunda vitória consecutiva no Gauchão 2024. Com gols de Robinho e JP Bardales, ambos na etapa final, o Rubro-Negro bateu o Santa Cruz por 2 a 0, pela quinta rodada, e se consolidou no grupo de oito classificados às quartas de final. A equipe ocupa o quarto lugar.

São agora oito pontos conquistados, já se aproximando com antecedência da meta de escapar do rebaixamento, enquanto o adversário deste domingo segue como único sem vitórias no Estadual. O próximo compromisso do time dirigido por Fabiano Daitx será às 19h de quarta-feira, no estádio 19 de Outubro, em Ijuí, contra o São Luiz. No domingo seguinte, a equipe da Baixada retorna a Pelotas para receber o Guarany, no mesmo horário.

Gauchão
5ª rodada

Sábado
Internacional 2 x 0 Caxias
Avenida 0 x 1 Grêmio
Novo Hamburgo 1 x 0 São Luiz

Domingo
São José 1 x 1 Guarany
Brasil 2 x 0 Santa Cruz
Juventude 3 x 0 Ypiranga

Daitx repete escalação

O resultado e a atuação contra o Caxias levaram Fabiano Daitx a mandar a campo neste domingo os mesmos 11 titulares do Centenário. O meio-campo teve o tripé formado por Maicky, Marcinho e Anderson Recife, com Tinga e Robinho nos lados e JP Bardales como atacante de mobilidade à frente.

Lesionado, Rafael Dumas sequer ficou no banco. Entre as alternativas, Vini Charopem apareceu pela primeira vez na temporada após se recuperar de problema muscular. Do outro lado, Paulo Henrique Marques só trocou o suspenso Rafael Mineiro por Márcio Jonatan. A única mudança por opção do técnico em relação ao empate com o São José foi no gol: saiu Alexandre Villa, voltou Marcelo Pitol, recuperado de lesão.

Reencontros

Quando os dois times subiram para o gramado, os três ex-xavantes da equipe titular do Galo saudaram o banco de reservas do Brasil. Marcelo Pitol foi aplaudido por alguns torcedores. Antes do jogo, durante o aquecimento, Márcio Jonatan ouviu o tradicional cântico em sua referência.

Além dos dois, Amaral é outro ex-atleta do Rubro-Negro que iniciou a partida pelos visitantes. Netto ficou como opção e Bruno Collaço não foi relacionado. Todos eles integram o elenco de maior média de idade do Gauchão: 30 anos - o plantel do Xavante fica na casa dos 23 e é o mais novo. Um duelo de opostos.

Volantes suspensos para jogo em Ijuí

O equilíbrio esperado permeou os 45 minutos iniciais de Brasil x Santa Cruz. Empurrado pelo ímpeto do torcedor, o time de Fabiano Daitx tentou um "abafa" no começo. Aos 38 segundos, Tinga registrou a primeira finalização. De muito longe, o camisa 10 mandou para fora da meta defendida por Pitol.

O Xavante tinha seu 4-1-4-1 e enfrentava um rival postado em duas linhas de quatro, com Leylon e Hugo Almeida à frente pela faixa central. Foi justamente Hugo, centroavante experiente, quem criou a primeira grande ocasião. Aos 19 minutos, ele aproveitou sobra na área, girou sobre a marcação e concluiu de canhota. Gabriel Oliveira fez ótima defesa ao espalmar.

Daí até o intervalo, os principais acontecimentos do jogo foram consequências para o próximo. Anderson Recife e Marcinho tomaram cartão amarelo e cumprirão suspensão contra o São Luiz. Enquanto isso, Robinho atormentava a vida do lateral Kevlin, do Santa Cruz, outro que recebeu amarelo. O camisa 11 do Brasil obrigou Pitol a fazer defesa simples após lance individual. O veterano goleiro precisou trabalhar com maior dificuldade nos acréscimos: Tinga soltou um foguete em cobrança de falta e Pitol espalmou.

Mudança na ponta - e gols

Daitx trocou Tinga por Vini Charopem na volta dos vestiários. A substituição manteve o desenho tático do Xavante, mas modificou a característica - saiu um meia e entrou um extrema. O começo da etapa final foi lento, com as marcações levando vantagem. A comissão técnica fez outras mudanças: Maicky e Marcinho saíram; Pedro Santos e Maurício entraram. O esquema continuou o mesmo, um 4-1-4-1.

No primeiro lance em campo, Pedro Santos finalizou de fora da área, sem perigo. Depois, uma conclusão de Hugo Almeida passou muito perto da trave direita de Gabriel Oliveira e o Xavante escapou de sair atrás do placar. O detalhe, porém, vestia vermelho e preto. Aos 24 minutos, Robinho recebeu de Maurício. Com espaço, resolveu bater de longe. A batida saiu colocada e próxima ao ângulo direito, mas sem tanta força. Pitol saltou. A bola tocou no travessão, pegou no goleiro e morreu nas redes: festa na Baixada.

O Bento Freitas explodiu com a segunda vitória seguida se aproximando. Paulo Henrique Marques mexeu no Santa Cruz. Daitx trocou de lateral: Gabriel Biteco por Danilo. E antes de qualquer reação rival, Charopem fez um cruzamento perfeito da direita. No meio da área, aos 30 minutos, JP Bardales subiu sozinho. Cabeceou no canto esquerdo de Pitol. A bola mansamente balançou as redes para o 2 a 0. Na celebração, o camisa 9 gesticulava como quem diz: "sai, zica".

Sem sofrer

Sólida, a vantagem xavante sequer sofreu ameaças. Nos minutos finais, Daitx promoveu a estreia do meia Rafael Holstein, emprestado pela Chapecoense. Com a camisa 21, ele substituiu o aplaudido Robinho. As mexidas do Santa Cruz não surtiram efeito para levar perigo a Gabriel Oliveira, e a Baixada celebrou a vitória para encerrar o fim de semana.

Ficha técnica

Brasil (2): Gabriel Oliveira; Gabriel Biteco (Danilo - 26’ 2T), Zé Pedro, Bruno Reis e Jefinho; Maicky (Pedro Santos - 13’ 2T), Marcinho (Maurício - 13’ 2T) e Anderson Recife; Tinga (Vini Charopem - intervalo), Robinho e JP Bardales. Técnico: Fabiano Daitx.

Santa Cruz (0): Marcelo Pitol; Kevlin (Amorim - 26’ 2T), Jefferson, Thiago Sales e David (Rickelmy - 38’ 2T); Amaral, Daniel Pereira e Leylon (Léo Aquino - 20’ 2T); Márcio Jonatan (Netto - 26’ 2T), Hugo Almeida e Pablo Bueno. Técnico: Paulo Henrique Marques.

Gols: Robinho, aos 24’, e JP Bardales, 30’ 2T.

Cartões amarelos: Anderson Recife, Marcinho, Zé Pedro e Vini Charopem (B); Kevlin e Daniel Pereira (SC).

Árbitro: Lucas Horn.

Local: Bento Freitas.

Público oficial: 5085 pessoas.

Renda oficial: R$ 96.890,00.