Três semanas após a eliminação na Série D, que encerrou a temporada 2023 do Brasil, a Direção Executiva do clube segue em negociação com os jogadores para quitar os salários atrasados. Conforme o vice-presidente de finanças do Xavante, José Argoud, em entrevista concedida nesta sexta (25) ao repórter João Antonio Ferreira, da Rádio Universidade, boa parte dos atletas já finalizaram as tratativas, e a avaliação geral é positiva.

"A gente quer encerrar essas negociações pra poder começar a cumprir os acordos, independentemente de alguns acertarem ou não. A gente tem em torno de 80% que já nos responderam. Tem pouquíssimos ainda que faltam nos dar o retorno. O restante a gente está ajustado, acordado. Ainda faltam alguns membros da comissão, mas está evoluindo", disse o dirigente, integrante do triunvirato que gere o Rubro-Negro junto a Ricardo Fonseca e Júlio Sanabria desde a destituição de Evânio Tavares.

Ainda segundo ele, é necessário alinhar o montante disponível para investir em futebol na próxima temporada. Uma parcela de cerca de 40%, conforme Argoud, segue em aberto e precisa ser angariada. A semana que se inicia nesta segunda-feira pode apresentar novidades, mas a tendência é que nada oficial surja por enquanto. O vice de finanças reforça que a tendência é de que não haja trocas no mais alto escalão.

"Tínhamos e temos um compromisso até setembro de 2024, independentemente da saída do presidente. A maior dificuldade é que sozinhos a gente não consegue fazer futebol. Precisamos de núcleos de trabalho em frentes que são necessárias", falou Argoud, citando departamentos como patrimônio, gramado e futebol, por exemplo.

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Na entrevista à Rádio Universidade, o dirigente disse também o que já havia antecipado ao Diário Popular na semana passada: o gerente de futebol Luis Fernando Hannecker deve permanecer no Bento Freitas. Questionado a respeito dos contatos com Evânio Tavares, Argoud afirmou que o ex-presidente optou por se afastar e que a atual Executiva respeita a decisão, mas que é necessária a prestação de contas.

Segundo o membro do triunvirato, a cota de R$ 100 paga pela CBF devido à classificação do Xavante à segunda fase da Série D do Brasileirão ainda não caiu nos cofres do clube. Deste montante, entra apenas de R$ 55 mil a R$ 60 mil por conta das dívidas. O patrocínio do Banrisul, por exemplo, deixa de entrar em função do encerramento do calendário do futebol do Brasil.