#CopadoBrasilNoDP
De virada, Xavante perde por 2 a 1 para o Atlético e decidirá em casa a classificação
Rubro-Negro consegue segurar o Galo durante o primeiro tempo e abre o placar com João Marcus, mas acaba derrotado após pênalti convertido por Hulk aos 41 da etapa final
Foto: Cristiane Mattos - Especial - DP - Partida de volta está marcada para as 19h30min do dia 26 deste mês
Ficha técnica atualizada às 15h39min desta quinta.
O Xavante voltará de Belo Horizonte ainda vivo na Copa do Brasil e decidirá, na Baixada, seu destino. Na noite desta quarta (12), o Rubro-Negro dificultou as ações ofensivas do Atlético Mineiro durante boa parte do jogo no Mineirão, pela ida da terceira fase. O time de Rogério Zimmermann abriu o placar com gol de João Marcus, já no segundo tempo. Mais tarde, porém, acabou sofrendo a virada e perdeu por 2 a 1, com um pênalti convertido por Hulk aos 41 minutos após interferência do VAR. Antes, Battaglia havia empatado.
> RZ elogia o desempenho do time e diz acreditar em reversão na Baixada.
No dia 26 deste mês, às 19h30min, no Bento Freitas, o Brasil precisará vencer os mineiros por pelo menos um gol de diferença para levar aos pênaltis a decisão da vaga nas oitavas de final. Se conseguir ganhar por dois ou mais, estará classificado. Em caso de igualdade ou nova derrota, evidentemente, o Xavante fica pelo caminho. Uma classificação também vale cota adicional de R$ 3,3 milhões a ser paga pela CBF.
Ao fim do jogo, o craque do adversário, Hulk, elogiou a performance rubro-negra. Já Marcelo Pitol, autor de duas defesas fundamentais, relembrou do impacto do fator local para a partida de volta e convocou o torcedor. “Estamos vivos pra caramba, somos fortes no nosso estádio”, disse.
Também na noite desta quarta, em outras partidas de ida da terceira da Copa do Brasil, a surpresa foi a vitória imponente do Remo sobre o Corinthians, por 2 a 0, em Belém do Pará. O Palmeiras confirmou o favoritismo e abriu vantagem contra o Tombense ao fazer 4 a 2. Caso parecido ao do Fluminense, que bateu o Paysandu por 3 a 0 no Maracanã. Já o Ypiranga acabou derrotado por 2 a 0 pelo Botafogo, em Erechim, e terá árdua missão no Rio de Janeiro. Veja o placar do torneio ao fim da matéria.
RZ recoloca Pernão no time
A escalação de Zimmermann teve nove dos 11 titulares que atuaram diante de Cordino e Ponte Preta, nas fases anteriores do torneio. Além de Rennan Siqueira, que deixou o clube e foi para o Náutico e acabou substituído por Mário Henrique na lateral-esquerda, Luiz Felipe iniciou entre os reservas por opção do treinador. Entrou Rafael Pernão, que se machucou no começo do Gauchão e voltou a trabalhar com os companheiros no mês passado.
A equipe rubro-negra se comportou no tradicional 4-2-3-1 de RZ. Pernão atuou aberto pelo lado esquerdo da linha de três meias, auxiliando Mário Henrique na marcação. Assim, Márcio Jonatan foi deslocado para o flanco direito, e Patrick ganhou liberdade para flutuar pela faixa central do campo. Com lesão no tornozelo, o lateral Jonathan Bocão não viajou.
Do lado dos mandantes, Eduardo Coudet não contou com o meio-campista Edenílson, com virose, e o atacante Paulinho, apresentando incômodo muscular. O treinador argentino, que viveu turbulência com a diretoria do Atlético durante os últimos dias, mandou a campo o jovem atacante Isaac, 19 anos, para formar dupla com o craque Hulk.
Estratégia certeira no primeiro tempo
Em um Mineirão de gramado irregular, o Xavante fez uma etapa inicial bem-sucedida. A comissão técnica organizou uma estratégia defensiva de encaixes individuais para tentar frear as movimentações por dentro do trio de meias do adversário. Volantes e laterais rubro-negros se alternavam, dependendo da altura do campo, nas marcações dos meio-campistas e laterais do Galo.
Postado sempre no campo defensivo, o Brasil permitia que os zagueiros rivais, Jemerson e Bruno Fuchs, conduzissem a bola na saída de jogo. A pressão começava quando os atletas de frente recebiam. Por vezes, a troca de passes e a movimentação geravam espaços devido às perseguições individuais, mas foram poucas as oportunidades dos mineiros no primeiro tempo.
Nos minutos iniciais, Bruno Fuchs quase marcou. Dodô também chutou com perigo. E foi só, exceto a cobrança de falta de Hulk no travessão de Pitol. Em batida de falta também frontal, perto da área, Mário Henrique ficou perto de abrir o placar. Consistente, o Xavante levou o empate sem gols aos vestiários.
Bola parada de um lado, bolas paradas do outro
O começo da etapa final foi perfeito para o Rubro-Negro. Luís Gustavo, Patrick e Da Silva já haviam finalizado a gol quando, no 11º minuto, saiu o gol. Patrick cobrou escanteio e João Marcus, com cabeçada fulminante, venceu Everson para colocar o Brasil em vantagem no Mineirão: 1 a 0.
A essa altura, o Atlético estava modificado em relação ao primeiro tempo. No intervalo, Coudet tirou Dodô e Igor Gomes para colocar Zaracho e Hyoran. Assim, Patrick passou a ser lateral-esquerdo do Galo. A pressão dos mandantes, então, cresceu. Hyoran obrigou Pitol a trabalhar, e Hulk bateu nova falta para fora.
Aos 21 minutos, momento em que Rogério Zimmermann recém havia trocado Guilherme Nunes e Patrick por Chicão e Denis Germano, os mineiros empataram. Em escanteio, o argentino Battaglia se antecipou a Amaral e respondeu na mesma moeda do gol xavante: com desvio de cabeça, cruzado, ele superou Pitol e fez 1 a 1. O volume de jogo do Atlético ia aumentando. Hulk chutou para fora, e em seguida o também argentino Pavón, outro substituto, exigiu do goleiro rubro-negro uma grande defesa ao concluir de longe.
Não deu para segurar
Dos 25 minutos em diante, o desgaste passou a pesar contra o Brasil. João Marcus precisou ser substituído, e não havia nenhum zagueiro no banco de reservas – Tony Lucas e Cézar Henrique não viajaram. Assim, Chicão formou dupla no miolo da defesa com Dumas. Cansado, Márcio Jonatan também deixou o campo – entraram Afonso e Rone.
A entrega da equipe de RZ era alta, em cada lance. Fisicamente, a vantagem do Atlético se alargava, gerando um volume de ações ofensivas difícil de sustentar. Em um dos ataques do Galo, aos 38 minutos, Hyoran caiu em lance com Chicão, zagueiro improvisado. O árbitro de vídeo Wagner Reway orientou que Edina Alves Batista revisasse a jogada, e ela marcou pênalti. Com categoria, Hulk cobrou no lado esquerdo de Pitol, que caiu para o lado certo mas não alcançou: 2 a 1. O Galo pressionou até o fim para ampliar a vantagem, mas o Xavante sustentou o placar mínimo.
Ficha técnica
Atlético (2): Everson; Saravia, Jemerson, Bruno Fuchs e Dodô (Hyoran); Battaglia; Igor Gomes (Zaracho), Patrick e Pedrinho; Hulk e Isaac (Pavón). Técnico: Eduardo Coudet.
Brasil (1): Marcelo Pitol; Luís Gustavo, João Marcus (Afonso), Rafael Dumas e Mário Henrique; Amaral, Guilherme Nunes (Chicão); Márcio Jonatan (Rone), Patrick (Denis Germano) e Rafael Souza; Da Silva (Victor Jesus). Técnico: Rogério Zimmermann.
Gols: João Marcus, aos 11’ 2T (B); Battaglia, aos 21’ 2T, e Hulk, aos 41’ 2T (A).
Cartões amarelos: Saravia (A); Chicão e Rogério Zimmermann (B).
Árbitra: Edina Alves Batista (SP).
Local: Mineirão.
Copa do Brasil
Terceira fase - JOGOS DE IDA
Terça
Volta Redonda 1 x 2 Bahia
Botafogo (SP) 0 x 2 Santos
Internacional 2 x 1 CSA
Fortaleza 6 x 1 Águia de Marabá
São Paulo 0 x 0 Ituano
Quarta
Nova Iguaçu 1 x 2 América (MG)
Coritiba 3 x 3 Sport
CRB 1 x 0 Athletico Paranaense
Fluminense 3 x 0 Paysandu
Palmeiras 4 x 2 Tombense
Atlético Mineiro 2 x 1 Brasil
Ypiranga 0 x 2 Botafogo (RJ)
Remo 2 x 0 Corinthians
Quinta
19h | Náutico x Cruzeiro
20h | Maringá x Flamengo
21h30min | ABC x Grêmio
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