Resumo

Dentro e fora de campo, os legados de 2023 para o Brasil

Xavante garante elite estadual e calendário nacional para o ano que vem, mas fecha temporada com salários atrasados e indefinição administrativa

Foto: Jô Folha - DP - Rubro-Negro caiu na segunda fase da Série D, em mata-mata contra o Patrocinense

A queda na segunda fase da Série D encerrou uma temporada de boas e más notícias para o Brasil. Em campo, a quinta passagem de Rogério Zimmermann pelo clube terminou com a garantia da participação na elite estadual do próximo ano. O Xavante também assegurou presença na quarta divisão nacional em 2024. Por outro lado, fora das quatro linhas, o cenário agora é de luta para quitar salários atrasados e de necessidade de reestruturação administrativa.

Entre Gauchão, Copa do Brasil e Série D, o Rubro-Negro disputou 31 jogos. Foram dez vitórias, dez derrotas e 11 empates. A equipe marcou 28 gols e sofreu 26. Com cinco gols cada, Mário Henrique e Márcio Jonatan lideraram a artilharia do elenco. Logo atrás ficaram Patrick (quatro), e Guilherme Beléa (três). Além dos citados, somente outros dois jogadores balançaram as redes mais de uma vez: Luís Gustavo e Da Silva.

Da Silva, aliás, foi o único jogador que entrou em campo nas 31 partidas. Porém, os zagueiros titulares João Marcus (participação em 30 confrontos) e Rafael Dumas (usado em 29 duelos) registraram o maior tempo de minutos atuando, já que o centroavante perdeu espaço para Rafael Costa durante a Série D. Logo atrás nessa estatística aparece o goleiro Marcelo Pitol, titular em 27 ocasiões.

Ano de jogos grandes

A temporada encerrada em agosto pelo segundo ano consecutivo não rendeu acesso nacional, mas trouxe partidas de alta relevância ao Bento Freitas. A Baixada recebeu mais de oito mil torcedores nos 2 a 0 sobre a Ponte Preta, pela segunda fase da Copa do Brasil. No histórico 1 a 1 com o Atlético Mineiro, o público oficial foi de 7,3 mil.

A participação na Copa do Brasil também fez o Xavante viajar ao Maranhão para encarar o Cordino, onde se impôs e ganhou por 2 a 0. No duelo de ida e volta diante do Galo, a apresentação rubro-negra no Mineirão terminou com derrota por um pênalti convertido por Hulk aos 40 minutos do segundo tempo, em performance muito elogiada por Rogério Zimmermann.

Velhos problemas

Se houve momentos positivos, sobraram também notícias negativas. Em entrevistas coletivas, Zimmermann falou abertamente a respeito de "promessas não cumpridas" pelo ex-presidente Evânio Tavares, que foi destituído em junho por conta da alegação de gestão temerária após análise do Conselho Fiscal (CF).

Pessoas ligadas ao clube sustentam que as cotas pela participação do clube na Copa do Brasil, totalizando cerca de R$ 1,5 milhão após deduções dos R$ 3,7 milhões originais, teriam sido recebidas por Evânio, que supostamente não teria redirecionado o valor aos cofres do Xavante. Recentemente, o Ministério Público abriu investigação para checar o processo de destituição do ex-mandatário e solicitou documentos à Direção Executiva.

Depois do Gauchão, atrasos salariais passaram a surgir. O elenco deixou de treinar na Arena Marini, o que foi uma das demandas de Rogério Zimmermann ao acertar o retorno, em outubro do ano passado. Readequações contratuais precisaram ser feitas para que o clube deixasse de bancar os custos de moradia dos jogadores _ a grande maioria deles aceitou e permaneceu após o Estadual.

E agora?

Segundo informação do repórter Wesley Dagagny, da Rádio Universidade (RU), o Brasil conseguiu quitar por enquanto 45% da folha salarial de junho dos atletas. Falta pagar, ainda, a íntegra dos salários de julho e mais dez dias de agosto. Há débitos também com funcionários e integrantes da comissão técnica.

Nesta segunda, em entrevista à RU, o vice-presidente de futebol do clube, Ricardo Fonseca, que responde pela Executiva em triunvirato ao lado de José Argoud (vice financeiro) e Júlio Sanabria (vice administrativa) após a saída de Evânio, disse avaliar como importante o resgate da credibilidade do Xavante junto ao mercado de jogadores.

Internamente, o clube usará a semana para tentar avançar na resolução de pendências financeiras. Algumas delas envolvem viagens da delegação, moradias dos atletas e rescisões contratuais, por exemplo. O futuro do Xavante depende também dos próximos passos da Direção Executiva. Nesta terça, o gerente de futebol Luis Fernando Hannecker deve se reunir com Ricardo Fonseca e novidades podem surgir no ainda incerto horizonte rubro-negro.

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