Futuro

Presidente do Conselho fala sobre a possibilidade de recuperação judicial

Pablo Chagas explica detalhes do processo pedido pela direção executiva do Brasil

Foto: Volmer Perez - Pauta ainda será debatida no Bento Freitas em novas reuniões

Ainda sem novidades sobre renovações de contratos com o elenco para a disputa da terceira fase da Copa do Brasil e da Série D, a questão da recuperação judicial (RJ) no Xavante segue rendendo nos bastidores do Bento Freitas. 

Nesta quarta-feira (22) o presidente do Conselho Deliberativo, Pablo Chagas, conversou com a imprensa falando dos detalhes de como a ideia da direção executiva foi colocada aos conselheiros. Também abordou os problemas de entrar com a RJ sem antes passar por um estudo elaborado, já que o risco de falência passa a existir, obrigando o clube a cumprir à risca uma série de compromissos financeiros. 

Chagas não é definitivo se o Conselho é a favor ou contra, mas pede que o assunto seja tratado com os cuidados exigidos. “Eu não posso responder por todos os conselheiros, pois provavelmente não se tenha unanimidade, mas entendo que poderá ser uma possibilidade, dentre outras. Entendo que qualquer decisão, principalmente uma com tamanha importância, deve ser acompanhada de muito estudo e conhecimento”, explica. 

Para a recuperação judicial ser aprovada, Chagas diz que é necessária a aprovação em Assembleia Geral. Ele ressalta que a direção executiva tentou colocar o tema em votação sem apreciação pelo Conselho. “Acreditamos que o clube deve ser gerido com muita responsabilidade e o mínimo que se deve ter é muito estudo, conhecimento e segurança da decisão”, afirmou o presidente do Conselho Deliberativo sobre não ter permitido que a pauta fosse votada na semana passada. 

Consequências 

A maior preocupação do presidente do Conselho Deliberativo envolve os riscos que o clube assumiria ao entrar em RJ. Pablo relata que, após o pedido, o juiz provavelmente responderia em até dez dias. Caso a decisão seja positiva, deverá ser apresentada a proposta do clube para pagamento das dívidas, que poderá ser aceita ou recusada pelos credores e passível de contraproposta pelos mesmos. Conforme os advogados que a direção consultou, se o clube conseguir aceitação de 51% dos credores, o processo terá sequência. Caso não se consiga, o clube fecha. 

Sem saber se o Brasil terá condições de arcas com as futuras dívidas, Chagas é direto sobre evitar que o clube assuma riscos. “Se for necessário, iremos intervir na administração do clube, algo que nos compete como Conselho Deliberativo e, por conseguinte, representantes da nação xavante”, destaca. 

Palavra da Direção 

O presidente Evânio Tavares foi procurado pela reportagem, mas não se manifestou sobre o assunto nesta quarta. Na terça-feira, Evânio comentou a questão da RJ na Rádio Universidade. “Esse tema a gente está estudando desde janeiro, avaliando essa circunstância, para no melhor momento tomar essa atitude. O clube, no mês passado, começou a levar algumas penhoras cíveis, que não estavam nos nossos planos. Estamos trabalhando com o nosso Conselho, entramos em contato e precisamos desse parecer deles e dos demais para termos essa compreensão e entrar com esse processo”, disse.  

O mandatário também afirma que a recuperação judicial ajudará a direção a ter verba para montar um time competitivo para disputar a Copa do Brasil e a Série D. O presidente ainda destaca que avaliou outras possibilidades, mas considera que o “remédio é a RJ”. 

Relembre o que é a recuperação judicial

Existente no Brasil desde 2005 por meio da Lei 11.101, a recuperação judicial é um meio de reestruturação de dívidas. Quando a Justiça aprova o pedido, o clube imediatamente ganha fôlego financeiro temporário antes de apresentar um plano aos credores. Dívidas cíveis e trabalhistas são suspensas por seis meses, por exemplo. Mas se houver descumprimento das obrigações previstas, pode ser decretada falência. 

Todo o processo acontece sob supervisão judicial. Recentemente, vários clubes do País optaram por esse caminho. Entre eles Cruzeiro, Figueirense, Coritiba, Joinville, Paraná, Santa Cruz e Chapecoense. No começo da semana, Sport e Náutico se somaram a essa lista após o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) acatar as solicitações dos times de Recife.

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