Prancheta

Primeiros testes começam a dar indícios da versão 2024 do Brasil

Fechando um mês de preparação, técnico Fabiano Daitx terá mais 30 dias até a estreia no Gauchão

Foto: Italo Santos - Especial - DP - Último jogo-treino do Xavante, de Tinga (foto), foi no sábado, contra o sub-20 do Grêmio

A versão 2024 do Brasil ainda será ajustada até o começo do Gauchão, mas os primeiros testes da pré-temporada dão indícios do que o torcedor verá em campo a partir do fim de semana dos dias 20 e 21 de janeiro. Sábado, no jogo-treino contra o sub-20 do Grêmio, Fabiano Daitx observou variações táticas propostas nos trabalhos diários. 

O técnico xavante já deixou claro que quer reforços. O elenco do Rubro-Negro conta com 25 atletas, e a ideia do comandante é fechar novas contratações para fazer o número se aproximar ou chegar a 30. A média de idade deve crescer – atualmente, não alcança 25 anos. Nesse contexto, as primeiras ideias de jogo começaram a ir à prova. 

A plataforma tática testada diante dos garotos do Tricolor é um 4-4-2: tradicional linha de quatro defensores, com dois volantes, dois jogadores abertos pelos lados – os chamados extremas –, um meia de articulação e um homem mais avançado. O DP traz nesta matéria um resumo dos experimentos de Daitx na pré-temporada do Brasil, que se estenderá com mais jogos-treinos ao longo das próximas semanas.


No jogo-treino mais recente, zagueiro Rafael Dumas ainda não participou. Arte: Suélen Lulhier - DP


Poucas opções para as laterais

Danilo Guimarães na direita e Matheus Marques na esquerda são, por enquanto, os únicos laterais de ofício no grupo. No jogo-treino de sábado, o primeiro foi substituído pelo jovem Yander – que é meio-campista de origem – e o segundo disputou os 90 minutos da partida. 

Como mostra a ilustração nesta página, Danilo teve liberdade para avançar ao ataque. Já Matheus ficou mais posicionado, formando frequentemente um trio ao lado dos dois zagueiros quando o Xavante era dono da posse de bola. No lado esquerdo, Jeder, Bruno Reis e Jeferson Lopes podem atuar na lateral. 

Vale lembrar que Rafael Dumas, outro zagueiro canhoto, não participou do 1 a 1 com o Grêmio pois ainda aprimora a parte física. Naturalmente, o capitão da temporada 2023 ganhará minutos nos próximos testes.

À frente, variações

Com os extremas pressionando a saída de bola rival ou marcando de forma mais recuada, sem a posse, Daitx testou vários atletas nas funções ofensivas. Matheus Guimarães parece ser o nome de preferência para o comando do ataque, mas tem característica de maior mobilidade. Sai da área e cai pelos lados. Na reta final do jogo-treino, Maurício, meia de ofício, foi deslocado para circular como um falso 9 em seu lugar.

Alteração na agenda

O treino desta terça à tarde, que seria na Arena Marini, aconteceu no Bento Freitas. Na quarta a atividade volta a ser às margens da BR-392, às 16h. Na quinta haverá dois turnos de trabalho, e na sexta apenas pela manhã. O jogo-treino diante do São Luiz segue agendado para as 11h de sábado, no estádio do Sesc, em Porto Alegre.

João Antonio Ferreira,
jornalista | comentarista da Rádio Universidade

Após o primeiro confronto liberado para o público, além de uma semana de treinos abertos, já é possível observar a formação de diferentes estruturas táticas por parte dos comandados de Fabiano Daitx. Não me prendendo nos nomes dos atletas, mas analisando principalmente posicionamentos em campo, é possível afirmar que veremos um Xavante com algumas variações táticas ao longo das partidas. Enquanto ataca, vemos um inicial 4-2-3-1, que se molda com relação ao posicionamento e à atitude defensiva do adversário, podendo se tornar um 3-4-3, com o lateral-esquerdo virando um terceiro zagueiro, o lateral-direito se tornando um extrema pela direita, e quase que uma linha de quatro jogadores no meio, responsável por fazer a transição e achar os espaços, com o centroavante mais centralizado, buscando espaço entre os zagueiros. Defensivamente, em momentos de pressão alta, o Brasil vira um 4-2-4, com o meia se aproximando do centroavante para dificultar a saída de bola do adversário e com o volante pressionando o portador da posse de bola quando essa primeira linha avançada é superada. Em situação de defesa mais recuada, a formação se torna um 5-3-2, na qual um dos extremas recua para acompanhar o avanço do lateral adversário e o meio se fecha um pouco mais, com o sistema resguardado para passes centrais e jogadas laterais. São variações que dependem do posicionamento adversário e da proposta de jogo atual, seja ela defensiva ou ofensiva, independentemente de quais atletas estejam atuando em campo. Com essas variações dando certo, poderemos esperar um Brasil preparado para as diferentes situações de jogo já no Gauchão, podendo achar espaços em defesas mais fechadas e jogar com um sistema defensivo mais sólido e transição rápida contra adversários que pressionem mais”.

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