O Remar para o Futuro, projeto de remo ligado à Prefeitura de Pelotas, ao Centro Português 1º de Dezembro e à Academia Tissot, está em fase de seleção de novos integrantes. A estimativa é que de 15 a 20 jovens passem a fazer parte do programa a partir das próximas semanas e meses. Para estar apto, os adolescentes de 13 a 15 anos precisam ter matrícula em uma escola da rede pública municipal.

Vinculado ao projeto, o programa O Remo Vai à Escola promove visitas a uma série de instituições. A prioridade é pelas mais próximas da sede do Remar, a Academia Tissot, no Recanto de Portugal. Por isso, como explica o coordenador técnico da iniciativa, Oguener Tissot, educandários do Laranjal e do Areal, além do Colégio Municipal Pelotense, aparecem na lista dos locais visitados.

“A gente realiza visitas nas escolas levando todo um aparato, muitas vezes de barcos, remo ergômetro, vários cartazes explicando como é o projeto e materiais de divulgação também”, resume Oguener. Os jovens podem levar os itens para casa e, ao lado dos pais, entender melhor o funcionamento da modalidade.

Perfil genético e benefícios

O Remar para o Futuro também tem parceria com a Escola Superior de Educação Física (Esef/UFPel), cujos alunos colaboradores do projeto coletam dados para identificar quais jovens apresentam melhor perfil físico para a prática do remo.

“Num primeiro momento a gente tem uma equipe da Esef que vai fazer uma triagem, fazendo antropometria dos jovens, pegando alguns dados deles. Após [isso] a gente vai com a nossa equipe dar palestras nas escolas explicando sobre a modalidade do remo, mostrando pra eles que o projeto existe, os resultados, o que a gente atingiu, e qual o perfil de jovem que a gente está buscando”, complementa o coordenador técnico.

Dependendo da quantidade de estudantes interessados, o processo seletivo pode se tornar mais aprofundado, exigindo uma análise criteriosa e deixando de fora uma parcela de participantes. Então, é feito um convite formal ao pré-selecionados, que depois são chamados para conhecer as instalações do Centro de Treinamento do Remar, ao lado dos responsáveis.

Vale-transporte, uniformes e alimentação estão entre os benefícios, e posteriormente, conforme os resultados, os atletas podem acabar contemplados pelo Bolsa Atleta, programa do governo federal. Hoje, quase todos os membros do projeto recebem esse valor – para isso, é necessário figurar no top-3 nacional da categoria e do barco em que treinam.

O projeto

O Remar para o Futuro tem na equipe técnica, além de Oguener, o coordenador geral Fabrício Boscolo, o professor de remo Paulo Daunis, a instrutora de remo Adriana Perez, o preparador físico Gabriel Moraes e a professora de yoga Verônica Diedrich.

Há também uma equipe multidisciplinar formada pelo fisioterapeuta Flaviano Moreira, pelos nutricionistas Larissa Braga e Matheus Wicth e pela dentista Bianca Santana. Os parceiros institucionais são Loja Momi Clout, Arroz Emoções, Freedom Veículos Elétricos, Motor Factory e Alltec Internet Fibra Óptica.

As atividades diárias do projeto são na Academia de Remo Tissot, no Recanto de Portugal, em área do Centro Português.

Vitória no Rio de Janeiro

No domingo, Ana Júlia Ferreira, que aguarda confirmação da Confederação Brasileira de Remo (CBR) sobre sua participação no Mundial Júnior, representou o Flamengo no fim de semana, pelo Campeonato Carioca. Ela foi campeã no barco Dois Sem Júnior, ao lado de uma atleta carioca. Aluna do Colégio Pelotense, Ana Júlia segue treinando no Remar.

Como trouxe o DP no domingo, além dela, outros cinco atletas formados no projeto – ou ainda treinando em Pelotas – podem participar, neste ano, dos Mundiais Júnior, em Paris, e Sub-23, em Plovdiv, na Bulgária.

Tem interesse?

Caso algum jovem que preencha os pré-requisitos mostre interesse em participar do processo seletivo e a escola não tenha recebido a visita do Remar, basta entrar em contato via redes sociais (@remarparaofuturo no Facebook) ou WhatsApp (53 98142-7174). O programa trabalha com bancos de dados contendo informações dos jovens.