Cinco meninas formadas no projeto Vem Ser Rugby, de Pelotas, foram vice-campeãs brasileiras sub-19 da modalidade neste fim de semana. Stefanie Mota, Jamily Furtado e Thalia Monteiro, do Antiquia, clube da cidade, e Kimberly Oliveira e Ketlyn Cardoso, atualmente no Melina Rugby, de Cuiabá (MT), integraram a seleção do Centro-Oeste na Copa Cultura Inglesa. 

A competição tem abrangência nacional, com organização da Confederação Brasileira de Rugby (CBRu) e patrocínio da empresa que dá nome ao torneio. A edição desta temporada aconteceu em Taubaté (SP), contando ainda com a participação de outras oito meninas do Vem Ser no time do Rio Grande do Sul na categoria sub-17 – a equipe gaúcha, reforçada por três atletas da Bahia, terminou em sexto lugar de sete participantes. 

Ana Luiza Araújo, Ariane Amaral, Alanna Costa, Emily Ribeiro, Natiele Matias, Larissa Campos, Samily Furtado e Thaisa Machado representaram o RS, sob comando da treinadora Amanda Silva e da auxiliar Ciana Goicoechea, ambas também pelotenses. Na equipe sub-19 do Centro-Oeste, Camila Muller, outra integrante do Vem Ser Rugby, atuou como auxiliar.

Bolsa Atleta

Competição considerada referência nacional no rugby de base, a Copa Cultura Inglesa não só reúne as principais atletas do Brasil. As três equipes que sobem ao pódio de suas respectivas categorias garantem o recebimento do Bolsa Atleta, custeado pelo governo federal. O benefício ajuda no treinamento diário e na preparação da temporada – novamente o Vem Ser, devido aos resultados da competição, assegurou valores. 

“Foi uma construção de pelo menos cinco anos de desenvolvimento e neste final de ano tivemos uma grande conquista. É por isso que acreditamos que o trabalho de longo prazo é tão importante para a formação da atleta e a longevidade no esporte”, avalia Camila Muller ao DP sobre o desempenho das jovens do Vem Ser Rugby no interior paulista.

O rugby

Praticado desde meados do século XIX, o rugby tem origem na Inglaterra. O objetivo é levar a bola oval até a linha de fundo do campo rival, encostando-a no chão para concretizar o try (pontuação máxima), que vale cinco pontos, antes de tentar o ponto extra por meio de um chute no gol, cujo formato lembra a letra H. 

São permitidos passes apenas para o lado ou para trás, e a defesa busca derrubar o adversário segurando o jogador que possui a bola – o que se chama de tackle. No sevens, jogam sete atletas em cada time e os dois tempos duram sete minutos. No rugby XV, são 15 jogadores e cada metade da partida demora 40 minutos.