#CopadoBrasilNoDP

Zimmermann: "Não sei se começo falando do torcedor ou dos atletas"

Em coletiva após a vitória sobre a Ponte Preta, treinador do Brasil aborda o apoio das arquibancadas, a cultura do clube e o significado da classificação

Foto: Italo Santos - Especial DP - Após a partida, celebração se alongou no gramado com jogadores, comissão técnica e, claro, a torcida

A entrevista coletiva de Rogério Zimmermann após a vitória por 2 a 0 sobre a Ponte Preta, nesta terça-feira (7), demorou um pouco a mais do que o normal para começar. Consequência de um resultado impactante e extremamente celebrado. E ao chegar à sala de imprensa do Bento Freitas para repercutir a vaga na terceira fase da Copa do Brasil, o treinador do Xavante, apesar de cansado pela intensidade da partida, comentou uma série de temas relevantes dentro do cenário do clube.

> Brasil divulgou nesta quarta o público oficial do jogo: 8.037 pessoas. Renda oficial de R$ 123 mil.

Rasgou elogios ao grupo de jogadores e, claro, ao torcedor. Falou positivamente, também, do trabalho da direção para viabilizar um estádio lotado. Lembrou da cultura do Rubro-Negro, algo que segundo ele começa a ser resgatado outra vez. Explicou o motivo de repetir a equipe titular pela terceira ocasião consecutiva, mesmo com tantos compromissos e viagens em pouco tempo. E já projetou o duelo de sábado, às 16h30min, contra o Juventude, no Alfredo Jaconi, que marca a despedida do Brasil do Gauchão 2023 - com vagas nacionais para o próximo ano em jogo.

> Veja como foram os principais lances.

Confira alguns dos trechos da entrevista do comandante xavante, que soma um novo triunfo de peso à sua história pela Baixada.

"Não sei se começo falando do torcedor ou dos atletas. O que a torcida fez, e o que os jogadores fizeram, acho que foi histórico. E precisava. É a terceira vitória seguida sem levar gol. Terminamos com nove, praticamente. O Chicão saiu e o Da Silva estava machucado. Vou tentar resumir: é a identidade xavante. O Brasil, o Bento Freitas, é isso. E hoje demos uma demonstração desse processo. O Bento Freitas é um estádio diferenciado e aqui acontecem coisas inacreditáveis."

"Mensurar é difícil nesse momento. Eu nunca toquei muito na questão financeira. Acho que o torcedor do Brasil não quer saber se vamos terminar no vermelho ou no azul no final do ano. Se não valesse nada em termos financeiros, o torcedor estaria presente. Claro que o dinheiro ajuda, mas a questão de vestir a camisa do Brasil, de jogar no estádio lotado, é muito maior que a questão financeira."

"Aqui no Brasil a torcida é o primeiro jogador. Nas outras é o 12º. Era dali que o jogador tirava energia. Foi um jogo muito desgastante, a Ponte Preta é uma grande equipe, muito bem dirigida pelo Hélio [dos Anjos]. E nos pegou num momento em que a gente foi efetivo. A capacidade nossa de doação... É uma questão tática, física. Muito mental, nosso time está sendo muito bem preparado. E aí o mérito da direção. Liberou 2,5 mil ingressos femininos. Liberou atrás do gol, onde saiu o gol. A torcida chamou o gol do Márcio Jonatan. Quando a gente pede algumas coisas para a direção, é com conhecimento de causa. Não vou pedir nada sem importância."

"A ideia de colocar a mesma equipe é no sentido de não perder conjunto. O trabalho principal que a gente fez foi de tentar resgatar a história do clube. Nosso clube tem que ser diferente. Jogar no Bento Freitas tem que ser diferente. A gente não tem preocupação se a gente joga futebol moderno. Nossa preocupação é ganhar. Nosso time é intenso, competitivo, agressivo com a bola e hoje está sendo forte mentalmente. Se coloca uma estrutura por trás, que obviamente custa dinheiro. É um somatório. Uma comissão técnica experiente. Uma direção que está dando respaldo. Jogadores escolhidos a dedo."

"Não vai pensar que essa bola do Márcio [Jonatan] entrou por... [acaso]. Eu falei antes. Quando a gente contrata o Márcio, o Pitol, muita gente não entende. Mas não precisa entender. Se todo mundo entendesse eu não estaria aqui. Acho que é isso. Resgatar a tradição. O torcedor quer um time guerreiro do início ao fim. Cada clube tem a sua cultura. Eu acho bonita essa cultura do Brasil."

(Abaixo, sobre as instruções passadas ao volante Amaral logo depois do segundo gol, enquanto todos celebravam)
"Nós fizemos o segundo gol, e a gente estava atacando. O meia deles, o mais perigoso, estava nas costas dos volantes, e nós estávamos mano a mano. Saiu o gol e eu falei 'legal, fizemos o gol, mas cuida as costas, que ele é muito perigoso'. Tinha muito jogo ainda. Depois teve bola no poste, uma série de coisas. São poucos momentos em que eu consigo falar alguma coisa. Foi o momento em que digo 'está 2 a 0, mas tem muito jogo ainda'. Ele [Amaral] tem uma liderança incrível, junto com Dumas, Pitol, Chicão... Agora depois do jogo a gente pode vibrar. Mas mesmo com o segundo gol, a gente sabe que tinha muito jogo ainda. Na verdade a conversa era que um time, quando quer ganhar e está 2 a 0, redobra a atenção."

"Passado o jogo, eu estou preocupado em garantir uma vaga na Série D [de 2024, via Gauchão 2023], em sentido de resultado. Mas sobre formatar uma equipe, a partir de amanhã a gente já pensa. Mas sempre é melhor preparar a equipe vindo de uma vitória."

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Que noite! Brasil vence a Ponte Preta por 2 a 0 e avança à terceira fase Anterior

Que noite! Brasil vence a Ponte Preta por 2 a 0 e avança à terceira fase

Pelotas oficializa o retorno do lateral-esquerdo Xaro Próximo

Pelotas oficializa o retorno do lateral-esquerdo Xaro

Deixe seu comentário