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Zimmermann: "Vamos ter que fazer uma partida quase perfeita"

Em coletiva, treinador do Brasil projeta o jogo desta quarta (26), às 19h30min, diante do Atlético Mineiro

Foto: Ederson Ávila - GEB - Última atividade antes da decisão aconteceu nesta terça

Nesta terça-feira (25), véspera da partida de volta da terceira fase da Copa do Brasil, contra o Atlético Mineiro, Rogério Zimmermann enfatizou diversas vezes, na entrevista coletiva pré-jogo, a diferença do Brasil para o Galo. Ao longos dos 35 minutos de respostas aos questionamentos da imprensa no Bento Freitas, o treinador rubro-negro também falou do significado do confronto, da situação do adversário e da preparação de sua equipe para tentar escrever história e avançar às oitavas de final do principal torneio eliminatório do País.

Xavante e Galo medem forças às 19h30min desta quarta, na Baixada. O Brasil precisa vencer por dois gols para se classificar no tempo normal, ou ganhar por vantagem mínima e levar a melhor nos pênaltis. Em caso de empate ou vitória dos mineiros, naturalmente, a caminhada rubro-negra na Copa do Brasil termina na terceira fase, onde o clubet também chegou em 2020, caindo para o Brusque.

A seguir, veja o que disse RZ na coletiva pré-jogo.

"Eu sempre acho que isso demonstra a competência que os atletas tiveram. Estamos aí na terceira fase da Copa do Brasil, tivemos dois adversários difíceis. Representa muito também a força que o nosso torcedor deu naquele jogo contra a Ponte Preta. É um somatório de acertos que nos faz trazer um grande jogo aqui pra cidade de Pelotas. Pra nós, que estamos formatando a equipe e vamos iniciar uma outra competição agora em maio, vai nos ajudar muito em termos de parâmetro. É um grande evento, espero a casa cheia, espero que a gente faça uma boa partida pra honrar a tradição do nosso clube nesse tipo de jogo".

"O que a gente quer fazer dentro do campo não depende só de um planejamento, sempre existe um adversário. O próprio Atlético também pode pensar alguma coisa e ter um outro tipo de enfrentamento aqui. Lógico que não vai mudar tanto a nossa postura quando a gente joga em casa. Óbvio também que a gente sabe da diferença entre as duas equipes em termos de investimento. O que muda em relação ao jogo lá no Mineirão é justamente o local. Você conhece o melhor o gramado, que é diferente. O jogo à noite, a presença do torcedor, a atmosfera é diferente, e isso pode fazer com que o jogo dentro do campo vá por outros caminhos. Mas igual vai ser um jogo difícil e do outro lado vai ter uma grande equipe. Vamos ter que ser muito competentes se quisermos passar de fase".

> Da Silva e Patrick falam em "fazer história".

"É importante você ter esse tipo de enfrentamento porque aí você vê a reação da sua equipe nesse tipo de evento. Mas só fica sabendo depois que tu passa. Tivemos uma experiência relativamente boa na atuação fora de casa, pelo enfrentamento, o Mineirão e tal. Mas agora uma equipe vai passar, é a segunda partida. Você não tem muito controle. Depende muito do emocional, é uma coisa que você não define, não planeja. As coisas acontecem. Estamos fazendo a melhor preparação possível. A diferença desse jogo pro primeiro é que antes do primeiro ficamos muito tempo sem jogar. Agora ficamos 15 dias, mas já teve o primeiro jogo. Você já enfrentou o adversário. Se fez o amistoso contra o Novo Hamburgo, e aquilo que eu disse: a mudança de local muda o jogo. O futebol nunca é o mesmo. Podem ser as mesmas equipes, os mesmos jogadores, mas as circunstâncias podem modificar bastante. Agora, pra que lado vai modificar, eu não saberia dizer, aí é o jogo. E isso é o bom do futebol, nos 90 minutos pode acontecer de tudo".

"O time do Atlético é um time difícil de marcar, justamente por isso. Ele tem uma formação tática que todo mundo acompanha, de todos os trabalhos do Coudet. Mas a troca de jogadores muda um pouco a característica. Às vezes naquela linha de três ele coloca um jogador mais aberto pela direita. O próprio Paulinho pode jogar por dentro ou um pouco mais aberto. Daqui a pouco o Patrick tá de meia e vira lateral… Acho que o Atlético está fazendo um rodízio de jogadores pra cada jogo, então dificilmente, com exceção do goleiro e do Hulk, os outros estão mudando bastante entre um jogo e outro. Mas aquele jogador que iniciou uma partida e na outra fica na reserva entra durante o jogo. Então muito possivelmente o Atlético não vai estar com os mesmos 11 jogadores que estavam contra o Santos. Alguns jogadores com característica pra jogar aqui, nesse tipo de jogo, que não iniciaram contra o Santos, vão entrar contra nós, pode ter certeza disso. Isso um clube grande como o Atlético, com investimento alto, pode fazer. Tem muitos jogadores, todos com qualidade, e eles são decisivos. Você tem que estudar tudo, não só os 11 que iniciam, mas as outras trocas. E não se basear só na última partida. Se basear nos jogos anteriores".

"Nós temos esperança de passar de fase, mas são dois mundos completamente diferentes. Uma eventual dificuldade do Atlético, comparada às nossas dificuldades, é quase nada. São parâmetros diferentes. Por exemplo, quando um jogador do Atlético diz ‘olha, o gramado do Mineirão não está muito bom’. O ‘não muito bom’ pra ele é dez, 15 vezes melhor do que o nosso. O Atlético treina lá na terça-feira, pega um voo fretado, no outro dia joga, ganha, pega outro avião e vai embora. Nós não. Pra gente jogar em Minas Gerais, temos que sair no domingo, porque o voo é às 16h e não somos nós que marcamos. Se sairmos na segunda-feira de Pelotas, não treinamos, aí temos que sair domingo pra treinar na segunda. Aí vai pra São Paulo, fica duas ou três horas esperando o próximo voo, depois tem que ficar lá em Belo Horizonte pra voltar no outro dia. Sai às seis da manhã pra chegar às cinco da tarde aqui. Eles não. Vão ali no aeroporto, pegam o avião e dormem em BH".

"Pessoas que não têm um grande conhecimento de futebol, que são mais leigas, quando escutam que o gramado do Mineirão não está muito bom, ou que estão tendo um pouco de dificuldade… Mas é dificuldade jogando a Série A. Como seria se nós estivéssemos na Série A? Eles empataram com o Santos na Vila Belmiro. Nós empatamos com o Novo Hamburgo em casa. Recentemente, eles foram campeões estaduais e ganharam da gente. Como eles jogam três jogos em uma semana, os resultados não foram favoráveis, mas nos três jogos eles amassaram a outra equipe. Os últimos jogos do Atlético têm sido bons jogos, muito bem dirigido pelo Coudet. Tem que separar resultado e atuação".

"Nós tivemos que fazer uma partida excepcional, elogiada por todos vocês. A gente teve que ir quase no limite, e perdemos o jogo. E o Atlético ao natural foi ali e ganhou. Então para que nós tenhamos uma possibilidade de passar, e quando digo dessa diferença que existe, estou obviamente confiante em passar. Mas a gente tem que entender que pra passar, e o futebol permite isso, vamos ter que repetir aquela atuação. Talvez até mais. Contar com o apoio do torcedor. Vamos ter que fazer uma partida quase perfeita pra diminuir essa diferença. E aí entra o caráter físico, técnico, tático, emocional. Evidentemente tenho muita confiança nos nossos atletas, porque embora a gente reinicie a quarta divisão em alguns dias, são jogadores que poderiam frequentar uma divisão maior. Eles escolheram o Brasil pelo clube. Porque aqui eles sabiam, quando vieram pra cá, que poderiam participar de uma partida como essa. Tu sabe que vestindo a camisa do Brasil, com o Bento Freitas lotado, o jogador cresce, a equipe cresce. É baseado nisso. O torcedor empurrando e o jogador indo no seu limite. É o grande desafio: buscarmos o máximo que podemos produzir pra que a gente tenha possibilidade de passar de fase".

"Eu queria ter esse controle sobre o jogo. De uma maneira geral, quando fomos jogar lá, colocamos aos jogadores que não era uma partida só. Eram duas, 180 minutos. Estava 2 a 1 para o Atlético e faltavam dez minutos. Tive que decidir: arriscar tudo em dez minutos no Mineirão ou deixar tudo pra 90 minutos no Bento Freitas. A escolha foi pelo Bento Freitas. Agora são 90 minutos, uma hora e meia, para buscarmos nossos objetivos. Tu tem que ter uma ideia de que está jogando com uma equipe e que não é só aquilo que você quer. Às vezes você faz um planejamento e acontece um gol, uma expulsão, e muda tudo. Se pode ocorrer, o que um técnico faz? Ele prepara a sua equipe pra todas as possibilidades. De iniciar ganhando no Mineirão, de iniciar perdendo no Mineirão, de o jogo se arrastar num 0 a 0. Você prepara para que eles saibam se comportar. Entra muito a experiência que os jogadores adquirem não só aqui, mas em clubes anteriores, e também o planejamento dos treinos que estamos fazendo".

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