Boa ação
A busca por uma Pelotas mais solidária
Plantar o bem é a missão de um grupo de cinco amigos, que há seis anos busca fazer a diferença na cidade
Divulgação -
Desde 2012, um grupo de amigos se mobiliza em prol da comunidade de Pelotas. Cadeiras de roda, bengalas e andadores são arrecadados, consertados e distribuídos por eles. Quem necessita de ajuda, pode pedir pelas redes sociais, principal forma de contato com a população. Toda colaboração e parcerias de quem apoia a causa é bem-vinda para que os trabalhos possam ter continuidade.
O serviço começou com Rodrigo Silveira, em Porto Alegre. Enquanto morava lá, um problema começou a chamar a sua atenção. A desigualdade existente no dia a dia o motivou a andar pela cidade e conversar com pessoas em situação de vulnerabilidade social, buscando entender os motivos pelos quais eles estavam morando nas ruas. Assim, pensou em maneiras de ajudar e tentar mudar a dura realidade. A ideia que teve início com Rodrigo logo foi ganhando voluntários. Amigos prontamente aceitaram o convite para ajudar e, em pouco tempo, 70 pessoas já estavam unidas pela causa.
Já em Pelotas, os primeiros trabalhos foram pelos bairros, distribuindo roupas e cestas básicas a famílias. Nos hospitais, levavam lanches. Com o passar dos anos, o grupo diminuiu e ganhou um nome: Silveira. Rodrigo, Márcia Alves, Elaine Lopes, Adriana Rodrigues e Pâmela Silveira contam com o apoio de colaboradores em uma nova missão. Eles compram cadeiras de roda, consertam e doam para quem necessita. O Pronto-Socorro de Pelotas (PSP) e outras instituições também são beneficiadas. "Onde sei que estão precisando, doamos", explica.
Em 2017, 34 cadeiras de roda, bengalas e andadores foram doados. Camas e outros materiais hospitalares também foram arrecadados. Os pedidos chegam pelo perfil pessoal de Rodrigo no Facebook, através de amigos que conhecem as ações e apoiam a causa. Algumas pessoas procuram o grupo para doar os objetos, então as redes sociais colaboram muito para que o trabalho continue. "Muitas pessoas ajudam", afirma Rodrigo. É perceptível a mobilização que vem ganhando força. Pâmela Silveira comemora o sucesso do grupo: "É muito importante ver que a gente tá conseguindo fazer a diferença".
Quem já foi ajudado
Há um ano, a mãe de Eva Colvara ficou doente e foi perdendo os movimentos. Ela precisava de um andador para conseguir se locomover como antes, mas como não tinham condições para arcar com a compra do objeto, pediram a colaboração dos conhecidos pelo Facebook. A ajuda veio do grupo Silveira. Eva entrou em contato com Rodrigo, que prontamente se disponibilizou para ajudar. Hoje, sua mãe caminha com o andador. "Eu sou muito grata a esse rapaz", disse.
A gratidão se transformou em solidariedade. Há pouco tempo, Eva conheceu uma moça que precisava de cadeiras de roda. Logo lembrou de quem havia a ajudado. Rodrigo e seus amigos conseguiram o material, e ainda doaram alimentos, roupas e outros mantimentos. Agora, "no que eu posso ajudar, eu ajudo", explicou Eva.
Outros trabalhos
O grupo Silveira agora trabalha em uma parceria com dois estabelecimentos de Capão da Canoa. Uma visita realizada em agosto firmou o negócio com o objetivo de plantar árvores nas duas cidades, especialmente na praia do Laranjal. Rodrigo conta que eles entraram nos bairros e conversaram com os moradores, questionando-os quanto a questões do local onde vivem, como a segurança. A ideia, agora, é "tornar a energia das cidades mais positiva". Em Pelotas, a atenção também se volta a incêndios. Eles se mobilizam para ajudar quem foi atingido, vendendo rifas para reconstruir as residências e repor os bens dos cidadãos.
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