Solução

A prioridade é o acordo

No primeiro dia de audiências do Cejusc em Pelotas, um acordo foi efetuado e outros cinco processos seguem em negociação

Jô Folha -

Pouco menos de um mês após ser instalado em Pelotas, o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) promoveu suas primeiras audiências na manhã desta terça-feira (10) no Foro Trabalhista de Pelotas. Foram realizadas seis audiências e, entre elas, um acordo foi firmado. Na próxima semana, ocorrem novos encontros, sempre com o acordo como objetivo principal.

Segundo a coordenadora da secretaria do Cejusc, Ana Cristina Cruzeiro, em uma audiência que durou mais de uma hora, um acordo foi trabalhado e acertado entre as partes nesta terça. Dados do Centro apontam que 41% dos processos conciliados têm mais chances de ser cumpridos em comparação aos processos sentenciados.

Outras cinco audiências foram realizadas. Destas, quatro envolveram uma mesma parte. O cerne da questão estava relacionado a problemas com terceirização de serviços. Foram quatro processos subsidiários contra o mesmo empregador. Não chegaram a um acordo porque a parte reclamada solicitou mais tempo para analisar as pendências e como quitar os débitos. As mediações foram conduzidas por duas funcionárias do Centro, que fizeram um curso de treinamento para aprender técnicas de conciliação e, dessa forma, auxiliar as partes a chegarem a um acordo.

Qualquer processo trabalhista, independentemente da fase em que se encontra, pode ser encaminhado ao Centro na tentativa de um acordo. O encaminhamento pode ocorrer de duas formas: a parte pode pedir ao advogado para solicitá-lo ao juiz, que repassa o caso para o Cejusc, ou o próprio juiz pode avaliar o caso como apto a um acordo e encaminhá-lo ao Centro.

Cultura da paz
A coordenadora do Cejusc, Ana Ilca Saalfeld, afirma que o objetivo é a busca pelo acordo, pela negociação das dívidas sem o desgaste de uma sentença. A conciliação é inerente à Justiça do Trabalho. A coordenadora da secretaria, Ana Cristina Cruzeiro, ainda destaca que uma solução construída entre as partes normalmente é melhor que a imposta por um terceiro. "Há a possibilidade do acordo, sentam patrão e empregado na mesma mesa de negociação. As audiências do Cejusc facilitam o diálogo e trazem uma aproximação entre as partes. Cultivam uma cultura de paz na busca pelo melhor acordo" destacou.

Auxílio da tecnologia
Das cinco audiências que não resultaram em acordo, quarto ainda marcaram uma inovação nos processos do Cejusc. A advogada não pôde comparecer no local e as negociações ocorreram através de videochamada. Na busca por acordos, a tecnologia proporciona ferramentas para que as audiências aconteçam. "Quando as pessoas recebem uma intimação do Cejusc, a vinda é obrigatória, é uma convocação. O Poder Judiciário chama e a pessoa precisa atender, sempre munida de documentos. Caso não seja possível a presença física, podemos utilizar recursos como chamadas de vídeo, videoconferências e até mesmo o WhatsApp" afirmou a juíza Ana Ilca.

 

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