Mudança

Adaptação ao novo horário

Medida começou neste domingo e vai até 18 de fevereiro de 2018; confira dicas de como se ajustar melhor ao novo horário

Paulo Rossi -

O Horário de Verão começou neste domingo (15) e se estende até o dia 18 de fevereiro de 2018. O Diário Popular "madrugou" e foi ver como os trabalhadores de profissões que tradicionalmente acordam cedo enfrentaram a hora a mais no relógio em Pelotas.

Para quem não gosta da mudança uma boa notícia: a previsão é de que em 2018/2019 o governo Federal não deve mais adotar a medida.

A justificativa para a utilização do Horário de Verão é o aproveitamento da luz solar para a economia de energia. No entanto, essa deve ser a última vez que a uma hora a mais de sol deve ser utilizada nas regiões sul, sudeste e centro-oeste do país. Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a economia é quase nula e, por isso, não é mais necessária para o perfil de consumo de energia elétrica do Brasil.

Segundo dados da ONS os picos de energia são das 14 horas às 15h e não mais das 17h às 20h, como há alguns anos. Dados divulgados pelo governo demonstram que economia vem caindo ano após ano. Em 2013, o governo poupou R$ 405 milhões, já em 2016 os cofres do país conseguiram apenas R$ 147,5 milhões com a medida.

Para o professor da Escola Superior de Educação Física (ESEF) da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) , Fabrício Boscolo Del Vecchio, a mudança não é muito significativa para o relógio biológico, "Nosso organismo é extremamente adaptável a diferentes ambientes. Em geral, precisamos de tempo e condições estruturais para nos acostumarmos às mudanças", disse.

Para a padeira, Cleivete Albrecht, há 29 anos na profissão, o primeiro dia do novo horário é de adaptação, " Demoro uns três dias para me acostumar. Hoje acordei às 5 da manhã e não foi fácil". Ivete como é chamada pelos colegas, já notou uma grande diferença na hora de sair de casa até o trabalho, "No inverno saio sempre no escuro e agora já venho com dia claro. É muito bom", declarou.

Se para Ivete a mudança trouxe efeitos positivos para o motorista do Transporte Coletivo de Pelotas, Saulo Schiavon, a maior dificuldade é a hora de dormir. "Mudou tudo pra mim. É dificil dormir cedo para acordar às 4h". Segundo Schiavon, o pior momento do novo horário é quando o verão chega e os dias (com luz) ficam maiores, "Tento dormir às 22h, e mesmo assim, o cansanso vem pegando", complementou o motorista que partiu dirigindo o ônibus em direção ao Loteamento Getúlio Vargas.

Segundo Vecchio, nosso corpo precisa em geral de uma semana, no máximo, para se ajustar às mudanças temporarais, inclusive no horário de verão, muitas pessoas que possuem hábitos saudáveis já conseguem viver sem grandes problemas após alguns dias da mudança em relação ao horário de verão. Porém, o professor explica que também existem aquelas que não vão se adaptar "nunca" ao horário de verão, ou não gostam nem um pouco do horário "normal". " Há gosto para tudo", complementou.

Dicas
►Uma medida sensata envolve ajustar o horário e seguir as horas do relógio, não as sensações.

►Se há hábito de acordar ou dormir em horários específicos, não se aborreça com o sono. Entenda que há um período de ajuste e que, depois este tempo, tudo vai se encaminhar.

►Planeje suas atividades - inclusive refeições - com base no horário do relógio. Isto ajudará seu corpo a se enquadrar nesta mudança.

►Aproveite os dias mais longos. No horário de verão demora para anoitecer aqui no sul do país. Aproveite a claridade para se movimentar, se divertir, caminhar e confraternizar com as pessoas. A felicidade ajuda a resolver a maior parte dos obstáculos.

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