Risco

Aglomeração na busca por medicamentos

Centenas de pessoas se concentraram nesta quarta-feira em frente à Farmácia Municipal

Uns com máscara, outros sem, mas todos aglomerados e com a mesma indignação: a demora do sistema de distribuição de medicamentos da Farmácia Municipal. A quarta-feira (22) foi marcada por uma concentração de centenas de pessoas em frente ao local. As fichas de atendimento pararam de ser distribuídas no começo da tarde em razão do alto número de pessoas. Alguns que chegaram mais tarde não conseguiram fazer a retirada.

As movimentações começaram ainda pela manhã e persistiram pelo turno da tarde. Em razão da pandemia e dos decretos municipais de restrição da quantidade de indivíduos em um mesmo local, as pessoas foram orientadas a esperar do lado de fora da farmácia, cujo atendimento era limitado a oito guichês e, consequentemente, oito pessoas por vez. Todos foram chamados, um a um, conforme a distribuição de fichas, e foram efetuados cerca de 350 atendimentos durante o expediente da farmácia, que segue em funcionamento em seu horário habitual. Nos próximos dias, uma caixa de som deve auxiliar nas chamadas das fichas.

No entanto, para alguns, a jornada de espera começou mais cedo. Foi o caso da advogada Flávia Martins, que afirma ter chegado ao estabelecimento por volta de 9h40min para buscar o medicamento para a mãe. Após quatro horas na espera pela Olanzapina, necessária para o tratamento, ela manifestou indignação com a situação. “Minha mãe é grupo de risco e eu vim buscar o remédio para ela. Eu estou aqui desde cedo e ainda não consegui a medicação. É de se revoltar, porque todos os dias é essa mesma demora para entregar os remédios” destacou.

Quem viveu uma situação muito parecida com a de Flávia foi a já aposentada Jeneci Brandão. Ela foi buscar as bombinhas necessárias para o marido, que possui enfisema pulmonar. Jeneci também chegou de manhã no local e, depois de esperar as mesmas quatro horas, ainda não havia conseguido o medicamento pela demora no atendimento. “Meu marido precisa das bombas para poder se tratar. Faz três meses que elas não vêm. Vim na farmácia, retirei minha ficha, esperei por horas e não consegui nada” desabafou.

A orientação da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) é a de buscar as farmácias distritais para o acesso aos medicamentos. Segundo o coordenador de Atenção Farmacêutica da SMS, Fabian Primo, as pessoas devem ir, em um primeiro momento, às farmácias distritais, localizadas em diferentes regiões de Pelotas e que também entregam os remédios para a população.

A finalidade é distribuir os pelotenses entre esses pontos para evitar que haja grandes aglomerações na farmácia municipal. “Temos sete farmácias nos bairros para realizar entrega de medicamentos. Umas têm mais movimento, outras têm menos. A gente pede que o pessoal se dirija também a essas unidades, porque senão fica um volume muito grande de pessoas na municipal”. 

As sete farmácias distritais estão localizadas no Navegantes, Lindóia, Bom Jesus, Fragata, Guabiroba, Simões Lopes e Virgílio Costa (também no Fragata).

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