Sem respostas

Agora são 14 anos de espera

Paciente que teve liberada prótese bilateral ganhou cirurgia apenas de um lado; demora já compromete primeiro procedimento

Foto: Carlos Queiroz - DP - Jorge Alberto Gayer Nogueira aguarda por um chamado

Há dois anos, o aposentado Jorge Alberto Gayer Nogueira, 58, consegui realizar a tão sonhada cirurgia de quadril, a qual esperou 12 anos e foi motivo de matéria no Diário Popular em 2020. Era a esperança de abandonar as muletas, aposentar o elevador improvisado no sobrado em que mora com a família, no Fragata, e voltar à ativa, pois se sente jovem para estar aposentado por invalidez. Com a liberação da prótese bilateral por parte da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e com o lado direito em plena recuperação, a previsão era para que ele voltasse ao bloco cirúrgico da Santa Casa em abril de 2022. Mas até hoje, nenhum chamado.

O drama da família Nogueira é por passar novamente por toda angústia da espera. "Esperei dois anos. Com a cirurgia, tive as esperanças renovadas. Mas a decepção foi na consulta com uma médica no final de 2022, quando me informaram que eu era o 333º na fila de espera. Como, se a prótese bilateral foi liberada pelo SUS?" Com as mesmas dificuldades para caminhar, dores para dormir e o tempo passando, o aposentado resolveu buscar seus direitos na Justiça. "Até hoje confiei no sistema, achando que iam me chamar. Quando entrava em contato, a notícia era de que não tinha anestesista, ou que não tinha material." Em contato com a SMS, a informação é de que a cirurgia foi paga e liberada, e que nada mais poderia ser feito pela Secretaria.

Agora, com 14 anos de espera, outras doenças foram aparecendo, como problemas cardíacos e vasculares (nas pernas) e Jorge Nogueira se segura para não cair na depressão. O elevador provisório ainda funciona, pois como a cirurgia não foi completa, uma perna ficou cinco centímetros mais curta. Com o passar do tempo, o paciente teme que a prótese colocada em 2021 se desgaste e volte tudo à estaca zero. "Eu não saio mais de casa, sendo uma pessoa nova podendo estar em plena atividade", lamentou.

O que diz a Prefeitura

A secretária de Saúde, Roberta Paganini, explica que o Município paga pelos procedimentos feitos. "Se foi feita cirurgia apenas de um lado, não foi faturado um procedimento bilateral", diz. Ainda conforme Roberta, após consulta feita à Santa Casa, a secretaria foi informada que o paciente será chamado para realizar uma nova consulta. Já o departamento de Marketing da Santa Casa informou que assunto já está sendo tratado com a SMS.

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