Impasse

Ainda não há certezas

Desde dezembro, o processo seletivo se mantém na etapa de investigação da vida pregressa e histórico-social

Infocenter -

Uma espera que já completa um ano e seis meses. O concurso da Guarda Municipal de Pelotas foi aberto em outubro de 2017 e, desde o último dezembro, os candidatos aguardam o resultado da investigação da vida pregressa e histórico da vida social. A angústia é o sentimento que une os participantes diante da incerteza de quando acabará o processo seletivo. A assessoria da prefeitura prevê que o resultado das análises seja publicado até o fim do mês. Contudo, não há uma data estipulada para o início do curso preparatório (etapa seguinte), tampouco o número de pessoas que serão chamadas para as aulas.

Cerca de 80 dos 133 participantes formam um grupo no aplicativo de conversas WhatsApp, no qual dialogam sobre os impasses do concurso. Na primeira semana do mês, alguns candidatos foram até a Secretaria de Administração e Recursos Humanos (SARH) - responsável pelo certame - para pedir explicações quanto à demora. A principal exigência é a falta de um cronograma com a data final desta etapa e o início da próxima. "Nós nos sentimos enrolados", contou um dos candidatos, que preferiu não se identificar. Ele explica que a longa espera pelo resultado afetou o atual emprego. "Recebi uma oferta de uma multinacional e recusei", a justificativa pela escolha se deu pela expectativa em ser chamado em março do último ano. "Passou um ano e ainda não fui chamado", lamenta.

Para outra candidata, que também pediu para não se identificar, a preocupação é a mesma. "Estamos todos no mesmo barco, aguardando há quatro meses", ressalta. De acordo com a assessoria, a etapa de investigação da vida pregressa e histórico-social demanda tempo, já que é composta por uma comissão de três integrantes - um representante da área de Recursos Humanos da SARH; um representante da Secretaria de Segurança Pública (SSP) e um procurador municipal. Já para o secretário da SSP, Aldo Bruno Ferreira, "a culpa é dos candidatos que entraram com um processo após rodarem nas provas". Ele faz referência à suspensão do concurso em março do último ano, quando a Defensoria Pública ajuizou a ação por conta de possíveis irregularidades na classificação dos aprovados na primeira etapa da seleção. O processo seletivo foi retomado uma semana depois, após uma audiência de conciliação.

Ainda segundo Aldo Bruno, há uma previsão do curso preparatório iniciar em agosto, daqui quatro meses. Contudo, "vai depender de um esforço financeiro da prefeitura", alega. Apesar da data ser incerta, a certeza é que entre os 80 candidatos que conquistarem as vagas determinadas pelo edital, eles serão divididos em turmas para começar as aulas. A estimativa é que cerca de 30 destes iniciem a preparação, que dura três meses, ainda neste ano. A patrulha Maria da Penha e a Patrulha Ambiental são duas das promessas que devem entrar em vigor após o chamamento.

Paralelo ao certame, ainda tramita dentro do Ministério Público o pedido de análise por parte de alguns candidatos. Das 250 pessoas que participaram do processo, 40 relataram tratamentos distintos entre os grupos na realização das provas e até mesmo diferenças de metragens nas raias das provas de corrida - razões que deram origem à suspensão do concurso no último ano. Por meio da assessoria de imprensa, o promotor André Barbosa de Borba afirmou que esse processo ainda está sob análise e não há previsão de conclusão.

 

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