Educação

Ainda sem retorno, aulas da Getúlio Vargas serão em contêineres

Expectativa é de que estruturas sejam instaladas até setembro; rede municipal volta às atividades na terça-feira (1º)

Foto: Carlos Queiroz - DP - Pais e alunos estão tristes com a situação

As aulas da rede municipal de Pelotas serão retomadas nesta terça-feira (1º). A exceção será a Escola de Ensino Fundamental (Emef) Núcleo Habitacional Getúlio Vargas, onde as aulas estão suspensas desde antes do período de férias. Em reunião de pais, equipe da escola e representantes da Prefeitura nesta segunda, a solução definida foi pela instalação de contêineres no entorno da escola para receber os alunos. Esse processo de instalação das salas improvisadas deve demorar mais algumas semanas.

A escola, que tem 368 alunos do 1º ao 5º ano, está com as portas fechadas por problemas estruturais que oferecem risco à segurança dos alunos desde o final do mês passado. A escolha por contêineres foi sugerida pelos próprios pais de alunos, que queriam que os filhos continuassem perto de suas casas e não dependessem de transporte para um prédio distante da comunidade.

Os alunos estão sem aulas desde o dia 26 de junho e, desde então, a incerteza sobre para onde os estudantes seriam encaminhados gerava insegurança dos pais e da equipe da escola. Na semana passada, a comunidade chegou a se manifestar, cobrando uma solução da Prefeitura para o problema.

Segundo a Prefeitura, serão locados 14 contêineres para as salas de aula. O governo afirma que as estruturas contarão, além das salas de aula, com banheiros, cozinha e refrigeração. O Executivo afirma que tentou, sem sucesso, alugar prédios nas proximidades da Emef Getúlio Vargas, mas não encontrou estrutura com capacidade para acolher a escola. "Respeitamos o desejo para que a escola se mantivesse no bairro e, neste período de transição, estaremos junto à escola dando todo o apoio que for necessário", diz a secretária de Educação, Adriane Silveira.

De acordo com a gestora, os alunos voltarão às aulas até setembro e, ao mesmo tempo, o Município desenvolverá o projeto para a construção de um novo prédio, com perspectiva de licitação até o final deste ano e início das obras em 2024.

A diretora da escola, Roberta Duro, estima que todo o processo para a contratação dos contêineres demore, no mínimo, um mês e meio. Enquanto isso, os alunos seguirão sem aula e a equipe pedagógica do educandário deve elaborar formas de recuperar o conteúdo atrasado. Segundo ela, embora a medida não seja ideal, é a mais prática para garantir o retorno das crianças às salas de aula. "Neste momento, já que se deixou a coisa ficar do estado que ficou, é a melhor alternativa o aluguel de contêiner, porque a comunidade não teria dinheiro para retirar os filhos se alugasse um prédio em outro lugar da cidade. A Prefeitura disponibilizaria um ônibus, mas a gente sabe que é complicado para levar todas as crianças", considera a professora.

Tristeza e ceticismo
Franciene Santos, mãe de aluno da escola, diz estar cética quanto às promessas da Prefeitura. "Eles não assinaram papel nenhum com empresa nenhuma. Não levei muita fé, só acredito vendo. A escola Mario Meneghetti está em obra, a Francisco Caruccio está em obra, e a nossa, que estava precisando de uma escola nova, simplesmente fecharam as portas", diz.

Nas demais, previsão de retorno normal
Além do caso da escola Getúlio Vargas, interditada há mais de um mês, outras 49 unidades de Pelotas foram afetadas pelo ciclone que atingiu a região. Destas, apenas a escola Nossa Senhora do Carmo, na Vila Castilho, não terá o retorno já nesta terça. Segundo a Prefeitura, a escola teve a estrutura comprometida pelo fenômeno climático e precisa de reformas mais significativas.

De acordo com a Smed, do total, 25 escolas já tiveram as reformas necessárias feitas, enquanto as outras ainda precisam de reparos, mas não tiveram estragos significativos que exijam a suspensão das aulas.

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