Arquidiocese de Pelotas recebe Relíquias de Santa Teresinha

No Brasil, a peregrinação das relíquias vai passar por mais de 70 cidades; Em Pelotas, a programação inclui missas especiais, momentos de oração e visitas a instituições

Foto: Volmer Perez - DP - Devotos da santa foram aos locais em que as relíquias circularam por Pelotas

Na manhã desta sexta-feira (8), a Arquidiocese de Pelotas recebeu a urna contendo as relíquias de Santa Teresinha do Menino Jesus. A urna contém pedaços do fêmur e dos pés da carmelita francesa canonizada no século 20, e foi encaminhada diretamente da Basílica de Santa Teresa de Lisieux, na França. A santa francesa estaria completando 152 anos em 2024, e é uma das figuras divinas mais veneradas pela Igreja Católica, possuindo muitos fiéis entre os brasileiros. O relicário permanece em Pelotas até este sábado, às 10h, quando acontece a missa de encerramento no Seminário São Francisco de Paula, e posterior destinação da urna para Porto Alegre.

As relíquias estão no Brasil desde o dia 1º de fevereiro, quando iniciaram sua peregrinação na cidade de Trindade (GO), e cruzarão todo o território brasileiro, se encerrando em 19 de outubro, em São Paulo (SP). Em Pelotas, o pároco da Catedral São Francisco de Paula, padre Wilson Fernandes, acompanhado do Arcebispo da cidade, dom Jacinto Bergmann, guiaram a procissão desta sexta à tarde que levou a urna até diversas instituições. A procissão saiu do Carmelo Coração Eucarístico de Jesus, no Laranjal, e passou pelo Instituto de Menores, Colégio São Francisco, Colégio São José, Câmara Municipal, Universidade Católica de Pelotas (UCPel), Paróquia Sagrado Coração de Jesus e Prefeitura Municipal. "O Brasil é o País com maior número de carmelos. A urna em que estão os restos mortais de Teresinha é um presente brasileiro, feita de pau-brasil, ao Carmelo de Lisieux, na França. Também, o Brasil tem as primeiras igrejas dedicadas à Santa Teresinha. Então, é um elo muito grande do Brasil com a França", disse o padre Wilson.

A peregrinação das Relíquias de Santa Teresinha começou no ano de 1997, centenário da morte da santa, e já percorreu cerca de 70 países. Há registros de que a urna tenha passado pelo Brasil quatro vezes, mas de acordo com o artigo publicado no mês passado pela Comunidade Católica Shalom, esta é a terceira oportunidade em que o País recebe as relíquias. "Um dos desejos dela, em vida, era percorrer toda a terra. Hoje, esse sonho se realiza, mesmo após a sua morte. Ela visita o mundo inteiro, em todas as igrejas. Há sempre um sinal da sua presença entre nós, para anunciar o evangelho e que Deus é bom e nos ama", certificou o religioso.

Curiosidade pela visita

Um dos pontos visitados pela procissão de sexta foi a Escola São Francisco de Assis, que é dirigida pela irmã Maria Cecília Merchiori. Diversas crianças que estudam no colégio aguardavam, com rosas em mãos, a chegada da urna. Enquanto se aproximava do educandário, o relicário foi recebido pelo canto da música "Uma Chuva de Rosas", que era entoado pelos pequenos. "É um momento de reflexão e muita fé. As crianças assimilaram com muito carinho. Elas buscam, até pela curiosidade, o que significam as relíquias. A gente explicou que era um sarcófago com uma parte do corpo ou da veste do santo, que perpassa por todos os lugares e elas estão curiosas para receber", ponderou a irmã Cecília.

Santa Teresinha do Menino Jesus

Marie-Françoise-Thérèse Martin nasceu em 2 de janeiro de 1873, em Alençon, na França e faleceu no dia 30 de setembro de 1897, em Lisieux. Santa Teresinha do Menino Jesus foi o nome dado após sua morte em referência à sua religiosidade. "Ela foi uma freira carmelita que viveu apenas 24 anos, uma breve existência, mas que marca o coração da igreja. Ela ensina a fazer as pequenas coisas permeadas com o amor de Deus", afirma o padre. Ela é uma das mulheres mais importantes para a igreja, entre as quatro doutoras: Santa Teresinha, Santa Teresa, Santa Hildegarda e Santa Catarina de Sena. Teresinha entrou no convento das carmelitas aos 15 anos e viveu uma vida de humildade e amor a Deus. Ela foi canonizada em 1925 pelo Papa Pio XI e proclamada Doutora da Igreja pelo Papa João Paulo II em 1997.

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