Greve Nacional

Ato e marcha em defesa da educação pública em Pelotas

Mobilização estendeu-se até a noite, com apelo pelo fim dos cortes e contra o projeto Future-se

Carlos Queiroz -

Não é balbúrdia. É reação. Ô Bolsonaro tira a mão da Educação. A Greve Nacional da Educação foi marcada por ato, no largo Edmar Fetter, e marcha pelas ruas centrais de Pelotas, no final da tarde desta terça-feira (13). Em todo o Brasil, mobilizações em mais de 90 cidades ajudaram a fazer coro às duras críticas pelos cortes no orçamento que deixam instituições federais de ensino prestes a interromper atividades em diferentes cantos do país. O projeto Future-se, que propõe mudanças na forma de financiamento das universidades públicas e as joga a buscar recursos na iniciativa privada, também integrou o topo da lista dos pontos repudiados.

Faixas, cartazes, camisetas e um tanto de criatividade foram utilizados em protesto às medidas do Ministério da Educação (MEC). Nem o vento gelado e a temperatura abaixo dos 10ºC tiraram o entusiasmo de discursos acalorados que, em vozes distintas e também em Língua Brasileira de Sinais (Libras), fizeram grande chamamento à união de forças. E reuniram diferentes gerações; de adolescentes a idosos.

Em Pelotas, o manifesto convocado pela União Nacional de Estudantes (UNE) ganhou a adesão de diferentes sindicatos e colocou, lado a lado, em bandeiras e ao microfone representantes de partidos políticos, de movimentos sociais e, inclusive, de cidadãos em situação de rua. "Estamos aqui em defesa da classe trabalhadora para dizer para você, que está nas paradas de ônibus e também no comércio, que defender a educação pública de qualidade é uma luta de todos", ressaltou Carla Cassais, ao se manifestar em nome da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e do Cpers-Sindicato.

Ao longo dos pronunciamentos, as administrações do governador Eduardo Leite (PSDB) e da prefeita Paula Mascarenhas (PSDB) também foram alvo de críticas. Os cinco anos sem reajuste e os 44 meses de salários parcelados entre os profissionais da rede estadual de ensino, claro, voltaram à pauta.

Chamamento à comunidade
Tira a tesoura da mão e investe na Educação. Foi um dos tantos apelos disparados ao longo da caminhada que saiu do largo Edmar Fetter e desceu pela Marechal Floriano. Na esquina das ruas Marechal Deodoro e Lobo da Costa, sinalizadores foram acesos e iluminaram uma das faixas que indicavam a continuidade do movimento: Mobilizar até vencer os cortes e o Future-se. Medidas que colocam em risco o funcionamento da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e do Instituto Federal Sul-Rio-Grandense (IFSul), que não geram apenas conhecimento a estudantes de toda a Zona Sul e de fora do Estado. Em projetos também de extensão e de pesquisa espalham tentáculos a toda a população, em inúmeros serviços prestados gratuitamente à comunidade.

Temas como a Reforma da Previdência defendida pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL) também entraram no alvo dos protestos desta terça em todo o país.

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