Direitos

Ato pede maior acesso a benefício para famílias com deficientes

Movimento Eu Empurro Essa Causa se reuniu em Pelotas outras cidades do país para cobrar direito a cuidados e inclusão social

Carlos Queiroz -

Carlos Queiroz 92420_2

Grupo defende direito das famílias ao BPC e pede ampliação do programa (Foto: Carlos Queiroz - DP)

A rotina não é fácil. Em muitas casas onde vivem idosos ou pessoas com deficiência, o dinheiro recebido através do Benefício de Prestação Continuada (BPC) é um pequeno alívio para o sustento e, sobretudo, cuidado dessas pessoas. Preocupados com o futuro do programa, cerca de 200 mães, pais e apoiadores da causa saíram à rua na manhã deste sábado (16) em Pelotas para participar do movimento Eu Empurro Essa Causa.

Foi o primeiro ato público do grupo criado em Minas Gerais e que vem ganhando espaço e representante em cidades de todo o país. Se por um lado a expansão do movimento é positiva ao mostrar força na defesa de direitos, por outro mostra que há uma preocupação crescente. E o motivo é a proposta do governo federal de promover uma revisão no pagamento do BPC, reduzindo o valor de um salário mínimo para R$ 500,00. Se aprovada, a medida afetaria 4,9 milhões de famílias. Muitas delas em Pelotas.

“Difícil saber quantas exatamente, mas são muitas. E são aquelas com maiores dificuldades, em que geralmente uma pessoa da casa não trabalha para cuidar do idoso ou deficiente. A renda já é baixa, reduzir o BPC é algo que jamais imaginamos que alguém poderia pensar em fazer”, reclama Eliane Bittencourt, líder do movimento e presidente da Associação de Amigos, Mães e Pais de Autistas e Relacionados com Enfoque Holístico (Amparho).

Mais do que protestar contra a intenção do governo, o ato realizado no Altar da Pátria reuniu assinaturas em um abaixo-assinado cobrando que haja expansão do programa. “Hoje o BPC é pago somente para famílias com renda per capita de até um quarto do salário mínimo. É um sufoco. Queremos que seja aberta a possibilidade a famílias com renda total de até três salários”, explica Eliane.

Busca por força política

Além da união de associações locais, estaduais e nacionais na causa, o movimento Eu Empurro Essa Causa está apelando a líderes políticos para que pressionem o governo e o Congresso Nacional. No ato deste sábado, sinalizaram apoio o deputado estadual Fernando Marroni (PT), a deputada federal Liziane Bayer (PSB, representada) e os vereadores Daiane Dias (PSB), Ademar Ornel (DEM), Cristina Oliveira (PDT), Vicente Amaral (PSDB) e Fabrício Tavares (PSD).

Enquanto tenta assegurar direitos nacionalmente, o grupo de pais também se articula localmente por mais qualidade de vida aos deficientes. Nesta semana deve ser entregue à Câmara de Vereadores uma sugestão de texto para que sejam criadas praças com brinquedos e acessórios para exercícios acessíveis a pessoas com limitações físicas.

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