Celebração
Aulão de ritmos encerra mais um ano de atividades do Vida Ativa
O parque da Baronesa virou palco de muita dança e lazer dos integrantes do projeto
Gabriel Huth -
Quando o ritmo da dança comanda a integração de pessoas, o resultado é alegria estampada no rosto e a energia sobra nas dezenas de alunas que foram até o parque da Baronesa na tarde de sábado (7) - , mesmo sob o sol forte e a uma temperatura de 25ºC, - para o encerramento da 6ª edição do Projeto Vida Ativa, da Prefeitura de Pelotas, através da Secretaria de Educação e Desporto (Smed). O grande aulão ao ar livre foi em tom de confraternização pelos resultados que as atividades, ao longo do ano, representaram na vida de cada participante.
A Eloí Pinto Rodrigues, por exemplo, não pode contar com ajuda das pernas para seguir os passos das instrutoras, mas sabe mexer os braços e requebrar o quadril como ninguém em sua cadeira de rodas. O projeto entrou em sua vida como forma de interagir com outras pessoas e, claro, para não ficar tão parada, já que tem 90 anos. "Dançar na cadeira é muito bom." A viúva Cecília Maria Rodrigues, de 75 anos, frequenta o Vida Ativa há 2,5 anos e não perde uma aula se quer. "A atividade que eu faço é muito boa para minha saúde. É bom para a cabeça e para o corpo", argumenta a idosa que não costuma parar muito em casa.
Para o coordenador do projeto, Maurício Martins, os exemplos citados consolidam a proposta do Vida Ativa, que além de proporcionar uma melhor qualidade de vida às pessoas, também trabalha a sociabilidade. "Hoje, as integrantes fazem parte de grupo de amigos, têm grupos de WhatsApp e, com isso, mantêm a assiduidade," conclui. Martins ressalta que o programa é gratuito e dividido em 61 núcleos mais um, que fica no Ginásio Municipal, somando mais de 2,5 mil pessoas envolvidas. "Já tivemos situações em que uma participante tinha problema crônico nas articulações e, com as aulas de hidroginástica, conseguiu recuperar bastante os movimentos", relata o coordenador.
Tarde de movimentação
Ao longo do sábado, as instrutores de aula de ritmo foram se revezando, enquanto os núcleos, identificados por camisetas com cores diferentes iam chegando. Teve piquenique, brinquedos e muita dança ao ar livre para deixar a turma bem incentivada a seguir no projeto no ano que vem. "Estamos elaborando uma pesquisa sobre o perfil de cada participante para qualificar cada vez mais o projeto", ressaltou Martins. "As gurias" como são carinhosamente chamadas pelas instrutoras, devem ficar atentas para a abertura das inscrições 2020, que deve ser divulgada em janeiro.
O que é o Vida Ativa
O projeto Vida Ativa surgiu há seis anos e um dos pilares é a inclusão de todas as pessoas que tenham interesse em participar do projeto, desde crianças das EMEIs até idosos, de pessoas saudáveis até as com restrições de mobilidade, problemas respiratórios ou cardíacos, ou com alguma deficiência. As modalidades trabalhadas são dança, ritmos, ginástica, circuito funcional, futsal, futebol, atletismo, vôlei, câmbio, hidroginástica, taekwondo, entre outros. As aulas são ministradas por professores contratados pela Prefeitura e o aluno do Vida Ativa participa de todas as atividades gratuitamente, tendo a liberdade de escolher o núcleo mais próximo de sua residência, local de trabalho ou estudo.
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